A concentração de médicos em pólos regionais cria problemas não apenas para a gestão das prefeituras. Levantamento publicado pela Gazeta do Povo na quinta-feira, com base no cadastro do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), mostra que 2/3 da população do estado está desassistida. Isso acontece porque muitos médicos não querem trabalhar nas cidades do interior. O presidente do CRM Hélcio Bertolozzi Soares, admite que o espírito de muitos profissionais não é mais comparado ao dos bandeirantes, que desbravavam regiões mais inóspitas. As facilidades da vida num grande centro urbano acabam pesando.
Nelson Donas Hosang, formado pela Universidade Federal do Paraná, confessa que as disciplinas de Medicina Comunitária e preventiva eram relegadas por muitos estudantes. Por conta de uma oportunidade surgida após a formatura, ele só trabalhou em cidades do interior e acredita que as possibilidades de atuação e os salários são razoáveis. Trabalhando num posto de saúde em Ortigueira, município da Região Central que tem pior índice de desenvolvimento humano do Paraná, Hosang acredita que tem a chance de fazer a diferença para a população. (KB)
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