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A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2009, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27), mostra que o principal problema nutricional dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental é o excesso de peso. Entre os cerca de 60 mil alunos que participaram do estudo, 23,2% tinham excesso de peso, que inclui sobrepeso, 16%, e obesidade, 7,2%.

O estudo também mediu a percepção dos adolescentes com relação ao próprio peso. A tabulação dos dados mostra que 35,8% das jovens que se achavam muito gordas estavam no peso adequado. Entre os estudantes do sexo masculino, essa proporção foi de 21,5%.

A maior parcela de estudantes obesos está na rede privada, 9,9%, contra 6,5% na escola pública. Na comparação entre estados, Porto Alegre teve a maior proporção de obesos, 10,5%, seguido do Rio de Janeiro e de Campo Grande, com 8,9%.

Os resultados mostraram que a frequência de estudantes com baixo peso variou de 1,1%, em Porto Alegre, a 4,4% em Salvador.

De acordo com o instituto, foi considerado peso adequado (eutrofia) quando o adolescente apresentou índice de massa corpórea (IMC) acima de 18,5 kg/m² e menor que 25 kg/m² e foi considerado sobrepeso quando o IMC registrado foi igual ou superior a 25 kg/m² e menor que 30 kg/m².

A obesidade foi registrada nos casos de IMC igual ou superior a 30 kg/m² e o déficit de peso apareceu naqueles que apresentaram IMC inferior a 18,5 kg/m². Para calcular o IMC, deve-se dividir o peso pelo quadrado da altura.

Participaram da pesquisa 60.973 estudantes de todas as capitais do país e do Distrito Federal. Destes, 58.971 tiveram suas medidas de peso e altura registradas, segundo o IBGE. A pesquisa foi feita no primeiro semestre de 2009.

O estudo também investigou se os alunos tomavam alguma atitude para perder, manter ou ganhar peso. O resultado mostrou que entre aqueles que não tomam nenhuma atitude com relação ao peso, 14,4% dos adolescentes do sexo masculino estavam com sobrepeso.

Entre as meninas que tentaram perder peso, 51,5% estavam com peso normal. Essa proporção foi de 29,8% no caso dos estudantes do sexo masculino.

Percepção

Ainda em relação à autopercepção, o estudo mostra que entre as adolescentes que se consideravam magras ou muito magras, 25,3% estavam com excesso de peso, contra 29,2% no caso dos meninos. Entre aqueles que achavam estar com peso normal, 16,2% dos jovens e 14,3% das meninas estavam com sobrepeso. Quase 90% dos participantes da pesquisa que tentaram ganhar peso estavam com peso normal.

A escolha do 9º ano do ensino fundamental, segundo o instituto, teve como justificativa o mínimo de escolarização necessária para responder um questionário autoaplicável e também a proximidade da idade de referência preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 13 a 15 anos.

De acordo com o IBGE, os resultados mostram que o estado nutricional dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental do Brasil confirma outros estudos nacionais e internacionais que apontam para o crescimento da obesidade como desordem nutricional, presente em vários países desenvolvidos e em desenvolvimento.

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