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Ao menos 240 mil passageiros ficaram sem ônibus ontem na Grande São Paulo. Grevistas bloquearam garagens das empresas Mobibrasil e viação Osasco, que atendem ao todo dez municípios da região metropolitana.

Segundo a Companhia Municipal de Transportes de Osasco (CMTO), dos 198 ônibus da frota da viação Osasco que iriam para a rua ontem, apenas 16 saíram. A empresa atende os municípios de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Itapevi, Jandira e Cotia.

Em reunião com representantes da viação e do sindicato, os motoristas apresentaram suas reivindicações. As três principais dizem respeito ao horário de almoço dos funcionários, o fim do desconto no salário em dias não trabalhados por doença e que os dias em greve não sejam descontados. A Justiça do Trabalho deu prazo de 15 dias para que haja um acordo entre grevistas e empresa. Se não houver consenso, levarão o caso a julgamento.

O salário atual é de R$ 1.933 para os motoristas e de R$ 1.115 para os cobradores. Eles pediam reajuste de 10%, mas a empresa concedeu 8%. A participação nos lucros, que era de R$ 700, foi para R$ 750. Os grevistas pediam R$ 1.200. O vale-refeição era de R$ 15,30 e subiu para R$ 16,50. Os motoristas pediam R$ 22.

Diadema

Em Diadema, na região do ABC paulista, cerca de 90 mil passageiros foram afetados pela paralisação de motoristas e cobradores da empresa Mobibrasil, que atende ainda a cidade de São Bernardo do Campo. Nenhum dos 250 ônibus da viação saiu da garagem, segundo os motoristas. A greve foi iniciada na quinta pelos trabalhadores, que ainda ontem concordaram em suspender a paralisação e voltaram a trabalhar no início da tarde.

Reivindicações

Eles exigem equiparação do salário deles (R$ 1.800) com o dos trabalhadores do ABC, de R$ 2.500. Também pedem o fim da dupla função de motorista e cobrador. De acordo com o motorista e cobrador José Emilson, 44, os ônibus circularão até a próxima terça, quando haverá uma assembleia com representantes da empresa.

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