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Metade das grávidas de Curitiba faz pré-natal pelo programa Mãe Curitibana | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Metade das grávidas de Curitiba faz pré-natal pelo programa Mãe Curitibana| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

Nas capitais

Liderança disparada em atendimento de saúde coloca Curitiba no topo

Curitiba aparece em segundo lugar entre as capitais na geração de emprego e renda, caindo para quarto na educação, mas nenhuma outra a supera na área da saúde. A cidade vai muito bem quando se trata de pré-natal e número de óbitos infantis por causas evitáveis ou mal-definidas, que são os dados considerados pelo Índice Firjan. Assim, o bom desempenho do Programa Mãe Curitibana eleva a média geral de Curitiba para alçá-la à condição de líder no ranking entre as capitais.

Entre as gestantes das capitais, as curitibanas são as que têm acesso ao maior número de consultas de pré-natal. Conforme dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do Ministério da Saúde, 22.705 das 25.348 mães de bebês nascidos em 2010 (ano da atual pesquisa do Índice Firjan) passaram por sete ou mais consultas médicas antes de dar à luz. Isso representa 89% do total das grávidas da cidade e metade faz o acompanhamento pelo programa de atenção materno-infantil Mãe Curitibana, da rede municipal de saúde. (MK)

Nos estados

No ranking do IFDM-Estados, São Paulo e Paraná mantiveram as primeiras colocações pelo sexto ano consecutivo. O desempenho paranaense foi levemente superior ao paulista, na comparação com 2009, mas não o suficiente para ultrapassar. Desde a criação do Índice Firjan, em 2005, Curitiba, São Paulo e Vitória se revezam no topo do ranking das capitais com melhor desempenho socioeconômico. Na pesquisa divulgada neste fim de semana, com dados de 2010, Curitiba retomou o primeiro lugar de São Paulo, que havia sido tirado na pesquisa anterior. O incremento de 7% na vertente emprego e renda foi decisivo para a capital paranaense retomar o posto.

Plenos

Dois municípios do Paraná conseguiram pontuação máxima no Índice Firjan, que mede a evolução socioeconômica em todo o país. Quarto lugar no ranking geral do estado, Araucária gabaritou a pesquisa na vertente emprego e renda, conforme dados de 2010. Rancho Alegre D’Oeste, que ocupa o 77º posto na média geral do estado, obteve todos os pontos possíveis em saúde.

Curitiba reassumiu a liderança do ranking entre as capitais no índice criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios do país. O Paraná, que aparece em segundo entre os estados, tinha há uma década só um município com patamar alto de desenvolvimento. Hoje são 26. Eles estão entre os melhores desempenhos em três áreas: emprego e renda, educação e saúde. A medição, feita a cada ano, considera os dados de 2010 e foi divulgada neste fim de semana.

Das 26 cidades paranaenses que apresentam alto desenvolvimento, quatro estão entre os cem maiores Índices Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) do país: Curitiba, Londrina, Maringá e Araucária. O top 10 do Paraná tem quatro novos integrantes: Medianeira, Ponta Grossa, Cascavel e Francisco Beltrão.

Em 2000, Ivatuba (Norte do estado) era a única cidade do Paraná com patamar alto de desenvolvimento. Melhorou os índices de saúde e educação, mas viu despencar em um terço a geração de empregos e renda e caiu para a 31.ª posição em 2010. Curioso é que foi justamente a vertente emprego e renda que levou outros 26 municípios a níveis altos de desenvolvimento.

Contudo, ascenderam porque já vinham apresentando bons índices sociais na saúde e na educação, diz o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês. Apenas São José dos Pinhais e Douradina, dentro do seleto grupo, não apresentaram alta de emprego e renda.

Na prática, o Índice Fir­­jan revela que o cidadão que vive nas cidades ou estados melhor posicionados tiveram mais oportunidade de emprego formal e maior acesso a serviços de saúde e educação básicas.

Nem tão bons

Numa categoria intermediária, 361 municípios do Paraná estão em uma faixa moderada de desenvolvimento, mas ainda assim numa posição privilegiada na comparação com o restante do Brasil.

Já entre os piores colocados, sete apenas trocaram de posições entre si de 2009 para 2010: Tunas do Paraná, Laranjal, Doutor Ulysses, Santa Maria do Oeste, Goioxim, Guaraqueçaba e Cerro Azul, o último da lista. Ivaí e Diamante do Sul foram levados à lista dos 10 menos pelas bruscas quedas no índice emprego e renda, justamente a causa de uma melhora do desempenho da expressiva maioria dos municípios em todo o país.

Embora apareça só na 245.ª posição no ranking estadual, Adrianópolis foi o município paranaense que mais avançou em desenvolvimento socioeconômico, ganhando 151 posições de um ano para outro, em especial por causa dos itens emprego e renda e saúde.

Entenda o Índice

Para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios do país, o Índice Firjan utiliza três áreas do desenvolvimento. Veja quais são:

Emprego e renda

Adota estatísticas oficiais do Ministério do Trabalho e usa três variáveis: 1) geração de emprego formal; 2) estoque de emprego formal; 3) salários médios do emprego formal.

Educação

Com dados do Ministério da Educação, são seis variáveis: 1) taxa de matrícula na educação infantil; 2) taxa de abandono; 3) taxa de distorção idade-série; 4) porcentual de docentes com ensino superior; 5) média de horas-aula diárias; 6) resultado do IDEB.

Saúde

A fonte é o banco de dados do Ministério da Saúde, utilizando-se três variáveis: 1) número de consultas pré-natal; 2) óbitos por causas mal definidas; 3) óbitos infantis por causas evitáveis.

A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009, mantendo-se na faixa de classificação de desenvolvimento moderado. Os dados refletem não só a recuperação da economia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009, mas também avanços nas áreas de emprego e renda e educação.

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