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Reconstrução do aterro no km 251 da rodovia PR-092, em Wenceslau Braz | JorgeWoll/DER/Divulgação
Reconstrução do aterro no km 251 da rodovia PR-092, em Wenceslau Braz| Foto: JorgeWoll/DER/Divulgação

Mais de seis meses depois das chuvas que causaram estragos em estradas do Paraná, 30% das obras emergenciais de reconstrução de pontes, aterros, acostamentos, drenagens e pistas ainda não foram concluídas pelo governo do estado. De acordo com um levantamento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), de 54 obras previstas, 37 foram terminadas, o equivalente a 68,66% das intervenções. Dezessete obras ainda seguem em andamento.

Até o fim de junho, ainda segundo o DER, 50% dos valores orçados para a reparação dos estragos em estradas estaduais haviam sido executados. O investimento total foi de R$ 35,9 milhões.

O atraso nas obras, sustenta o órgão, se deve às chuvas acima da média registradas no primeiro semestre. “Em maio, por exemplo, o acumulado de chuvas foi de 84% (225 mm) nas regiões Norte e Noroeste do estado, conforme dados do Simepar. A previsão é que as obras em fase de andamento sejam concluídas no próximo mês”, informa o DER, em nota.

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Entre as áreas afetadas e que ainda não tiveram as obras concluídas está a ponte do Rio das Cinzas, na PR-436, que liga Bandeirantes a Itambaracá, no Norte Pioneiro. Enquanto a nova ponte não é finalizada, a população precisa usar uma balsa, alugada pelo DER, para se locomover de uma cidade para a outra. O cenário deve continuar assim até 2017. “Percebemos que é um serviço complexo, porque a ponte será maior. Ao invés de 150 metros, terá 210 metros de extensão e 5 metros de altura. Não é possível que a água alcance depois disso”, comenta o prefeito de Itambaracá, Amarildo Tostes (PSD).

O aterro no km 251 da PR-092, em Wenceslau Braz, nos Campos Gerais, segue em situação semelhante. A pista é uma das principais ligações da região com o estado de São Paulo. Em janeiro, parte da rodovia desmoronou e todo o aterro precisou ser reerguido, com a construção de uma nova drenagem no local. Conforme o DER, a previsão é terminar o aterro nos próximos 30 dias.

Quem ainda está aguardando a obra lembra como o desmoronamento interferiu na rotina da comunidade, até que um desvio fosse criado para amenizar a situação. O objetivo era impedir que caminhões passassem por dentro da cidade e comprometessem a malha viária, recém recuperada. “Tínhamos acabado de recapear as ruas e tivemos que fechar os trevos para que caminhões não passassem. Foi difícil, mas funcionou”, comenta o prefeito de Wenceslau Braz, Athayde Ferreira dos Santos Júnior (PC do B).

Segundo ele, até hoje os postos de combustíveis da região sentem o impacto da destruição de parte da PR-092. De sete mil caminhões que passavam por ali diariamente, o número caiu para 30. “Quem vendia 100 mil litros de diesel, passou a vender 500”, diz.

De acordo com o DER, existe uma encosta na PR-092 em Wenceslau Braz no Km 254,2, para a qual foi elaborado um projeto de engenharia. Esta obra é para construção de uma nova pista na rodovia, mudando o atual eixo existente. Uma licitação no valor de R$ 14 milhões está sendo providenciada, uma vez que o projeto demandou um estudo mais aprofundado do que o considerado para uma obra emergencial.

Ainda é preciso, conforme o órgão, concluir obras emergenciais nas rodovias PR-436 (Bandeirantes-Itambaracá), PR-092 (Arapoti e Wenceslau Braz), PR-494 (São João do Caiuá), PR-323 (Tapejara, Cianorte, Cruzeiro do Oeste e Mariluz), PR-218 (Paranavaí), PR-545 (Londrina), PR-468 (Umuarama a Mariluz), PR-317 (Nossa Senhora das Graças), PR-082 (Cianorte) e PR-463.

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