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Depois de quase quatro anos, 31 dos 45 suspeitos de ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), presos em 2007 durante a Operação Fênix, em Colombo (na Grande Curitiba), foram condenados pela Justiça no último dia 4 por associação ao tráfico e por tráfico de drogas. Cinco acusados foram absolvidos. Outros nove ainda estão respondendo a processos separadamente, segundo o juiz criminal Fernando Swain Ganem, responsável pelas sentenças.

"Determinei a prisão de 19 dos acusados. Dois já estavam detidos e quatro foram presos na sexta-feira", diz o magistrado, lembrando que 13 estão foragidos. Ele explica que o pedido de prisão foi determinado apenas para 19 porque os outros 12 ficaram mais de dois anos presos durante o processo sem julgamento e, por isso, já teriam cumprido parte da pena ou teriam direito à progressão de regime. O caso ganhou notoriedade negativa após o Tribunal de Justiça do Paraná conceder a soltura dos suspeitos por excesso de prazo no processo.

Na época, o juiz Ganem alegou que não havia julgado o caso devido ao grande volume de processos na comarca e à falta de estrutura disponível. Após reportagem da Gazeta do Povo no dia 25 de outubro do ano passado, o TJ enviou dois juízes substitutos à comarca para auxiliar Ganem no andamento dos processos atrasados. O TJ também resolveu criar uma nova vara criminal na cidade, que deve ser inaugurada no começo de agosto. "Tínhamos uma estrutura deficitária. O caso é um divisor de águas em Colombo. Esse processo e a reportagem aceleraram o procedimento", afirma. Segundo Ganem, ele solicitava a melhoria das estruturas da vara criminal desde setembro de 2009.

A operação

Um grupo de 45 pessoas suspeitas de ligações com a facção criminosa PCC foi preso em uma operação do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, com apoio das Polícias Civil e Militar, em 2007. Na época, o próprio comando da Polícia Militar (PM) colocou a Fênix como uma das maiores ações de combate à venda de entorpecentes já feitas no Paraná. O grupo agiria em Curitiba e região metropolitana, com base na cidade de Colombo. O processo do caso tinha cerca de 7 mil páginas e 37 volumes.

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