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Foz do Iguaçu –Trinta e três brasileiros e um uruguaio acusados de envolvimento com lavagem de dinheiro foram indiciados pela Promotoria de Nova Iorque, nos Estados Unidos, pela movimentação ilegal de pelo menos US$ 3 bilhões. De acordo com investigações feitas pelo promotor Robert Morgenthau, boa parte do montante saiu da tríplice fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina, região apontada como principal base de operações do grupo.

Conforme o jornal The New York Times, o esquema funcionava com a transferência de recursos do Brasil para o Uruguai. Ao deixar o Uruguai, o dinheiro entrava em um mecanismo de triangulação passando pelas Ilhas Virgens Britânicas ou pelo Panamá, de onde seguia para agências bancárias de Nova Iorque. No Panamá e nas Ilhas Virgens haveria 16 empresas controladas por brasileiros.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF) do Brasil, um dos indiciados está preso. Todos já haviam sido formalmente acusados pela força-tarefa CC5 do MPF, alguns inclusive com bloqueio de recursos no exterior.

Conforme investigações de autoridades brasileiras, na tríplice fronteira estabeleceu-se um "colchão de liquidez" para os doleiros operarem no sistema conhecido como dólar-cabo (quando o interessado em remeter dinheiro para o exterior repassa os recursos para um doleiro no Brasil). Por meio desse esquema, que envolvia contas CC5, foi registrada evasão de pelo menos US$ 24 bilhões. A agência do Banestado em Nova Iorque foi o destino de boa parte dos recursos.

O procurador da República Vladimir Aras, do MPF em Curitiba, diz que nos Estados Unidos o indiciamento significa abertura de processo contra os acusados, ou seja, o júri aceitou a acusação. A maioria dos indiciados tem casas de câmbio no Brasil.

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