• Carregando...

O maior zoológico de Goiás completou um ano interditado. Só em 2010, 36 mortes de animais foram registradas no local. O último bicho a morrer foi um cervo, há duas semanas. Desde 2009, 145 animais já morreram no parque em Goiânia, entre eles um muflão (carneiro selvagem), duas girafas, dois hipopótamos, uma leoa, um jacaré, uma zebra, uma onça e diversos tipos de aves e répteis.

Com a série de mortes, o local, que é administrado pela prefeitura, foi interditado em julho de 2009 para readequação de seu espaço.

De acordo com laudos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que fiscaliza o zoológico, as mortes não têm uma causa única.

O Ministério Público Federal de Goiás decidiu investigar a situação do zoológico e firmou, em setembro de 2009, um Ter­­mo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a prefeitura estabelecendo o compromisso de reformar as instalações do local e encaminhar um relatório anual ao Ibama sobre os bichos. O Mi­­nistério Público do estado pediu a saída do administrador do zoológico, o veterinário Raphael Cupertino, há cinco anos no cargo. Ele foi afastado por três semanas, mas conseguiu, na Justiça, retornar ao posto na semana passada.

Cupertino diz que o número de mortes o preocupa, mas que ocorre um decréscimo nos últimos anos. "Houve 236 casos em 2004. Este ano o número já está bem menor", falou. Segundo ele, ao menos 10% do plantel do parque (520 animais) já ultrapassou sua expectativa de vida. "Tam­bém recebemos bichos que fo­­ram maltratados em circos. Outro problema foi que até 2006 funcionava aqui um centro de triagem de animais silvestres. Muitos já vinham doentes ou não se acostumavam à vida no zoológico", afirmou.

Ele disse seguir o TAC e que o zoológico agora tem mais técnicos e veterinários. Disse ainda que as áreas dos animais estão sendo ampliadas e que as jaulas estão sendo substituídas por vidros. A expectativa da prefeitura é reabrir o parque até o fim do ano. Fundado há 54 anos, o parque nunca passou por grandes reformas. Procurado pela reportagem, o setor de fauna do Ibama de Goiás não foi localizado para explicar a fiscalização do zoológico da cidade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]