Além dos 210 colégios estaduais que passam por reforma ou ampliação atualmente, outros 1,5 mil necessitam de algum tipo de intervenção. Total equivalente a 70,2% das 2.136 escolas estaduais do Paraná. Segundo o superintendente de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Jaime Sunye Neto, a Defesa Civil notificou essas escolas por apresentarem problemas de segurança e de acessibilidade. Há ainda 650 unidades, de acordo com um relatório da Copel, que estão com o quadro de luz inadequado. "Acredito que em junho poderemos dizer quanto tempo vamos precisar para regularizar tudo isso", afirma Sunye.
A Escola Estadual Yvone Pimentel, no bairro Novo Mundo, em Curitiba, por exemplo, está com a estrutura condenada as paredes têm diversas rachaduras e terá de ser demolida. Uma nova construção será feita no mesmo local. Quando as obras forem liberadas, os alunos serão transferidos para outro imóvel provisoriamente.
A diretora da Escola Estadual Maria Aguiar Teixeira, Vera Zanoto, enfrenta problemas menores, mas nem por isso menos importantes. "Precisamos reformar o banheiro dos meninos, que está pichado e deve receber azulejo em toda a parede. Também carecemos de uma reforma em algumas salas que estão com infiltração e a parede está mofando", diz.
O problema de infraestrutura nas escolas já foi apontado no ano passado pelo Censo Escolar do Ministério da Educação. Os dados indicam que 15 milhões de alunos dos ensinos fundamental e médio no Brasil não tinham biblioteca na escola onde estudavam, 27 milhões não dispunham de laboratório de ciências e 9,5 milhões estavam sem laboratório de informática.
Faltam funcionários
Os diretores de escolas estaduais do Paraná enfrentam outro problema: a falta de funcionários na área administrativa. Duas diretoras, que preferiram não se identificar, afirmam que o número de funcionárias responsáveis pela limpeza reduziu pela metade e as escolas não têm condições de ficar bem higienizadas na atual situação. "A demanda é para 11 zeladoras, mas temos apenas 5", afirma uma delas.
O chefe de Recursos Humanos da Seed, Arnaldo Moreira Matos, explica que houve redução dos funcionários do administrativo porque havia número maior de servidores do que era previsto em uma resolução de 2002 (o cálculo é feito a partir da quantidade de alunos). Para as escolas que precisam de mais funcionários, Matos afirma que irá atender ao pedido de cada uma delas e, se houver justificativa, a solicitação irá para o Núcleo de Educação. "Temos 5 mil pessoas que fizeram concurso para a área de serviços gerais e ainda não foram chamadas. Vamos começar este processo, que deve demorar por causa dos exames que precisam ser feitos", comenta.
-
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
-
Relatório americano divulga censura e escancara caso do Brasil ao mundo
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Proposta do Código Civil chega nesta quarta ao Senado trazendo riscos sociais e jurídicos
Método de aborto que CFM baniu é usado em corredor da morte e eutanásia de animais
Deixe sua opinião