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Ônibus foi retirado do prédio às 23h50 de quarta-feira (26), mas guincho demorou mais uma hora para realizar todo o trabalho | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Ônibus foi retirado do prédio às 23h50 de quarta-feira (26), mas guincho demorou mais uma hora para realizar todo o trabalho| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Depois de 72 horas dentro de uma loja de motos, foi removido o biarticulado que, na madrugada de segunda-feira (24), colidiu com um Ford Escort no Centro de Curitiba e invadiu o local. O trabalho de retirada começou por volta das 15 horas de quarta-feira (26) e terminou às 0h50 de quinta-feira (27), segundo o engenheiro Jorge de Castro, da Comissão de Segurança e Edificações (Cosedi), da prefeitura de Curitiba.

O serviço começou com a limpeza do local, a retirada dos escombros das vigas danificadas e a instalação de armações metálicas, na parte interna do imóvel e na marquise, para garantir a retirada do biarticulado com segurança. "Parte do teto do ônibus foi cortada e os pneus da frente foram esvaziados, para que o veículo pudesse ser guinchado", conta Castro. "Mais à noite, a Travessa da Lapa e uma das pistas da Avenida Visconde de Guarapuava foram bloqueadas para a retirada do ônibus propriamente dita".

"O ônibus saiu do prédio às 23h50, mas, até o guincho manobrar e levar o veículo, demorou mais uma hora", lembra. A frente do imóvel foi coberta de tapumes de madeira e tanto a calçada quanto a faixa da direita da Av. Visconde de Guarapuava foram finalmente liberadas. De lá, o veículo foi levado até a garagem da empresa Transporte Coletivo Glória, localizada no bairro Boa Vista.

Segundo Castro, o trabalho de recuperação da estrutura do prédio deve começar ainda nesta quinta-feira e deve levar até uma semana. Todos os custos da retirada do veículo foram bancados pela Transporte Coletivo Glória, de acordo com o engenheiro. Ele não soube informar, no entanto, quem arcará com as despesas referentes à reconstrução da loja.

O diretor da Glória, Gelson Forlin, não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto. Na segunda-feira (24), contudo, havia adiantado que, em seu entendimento, os valores relativos à nova estrutura deveriam ficar por conta do motorista do carro Ford Escort, que teria furado um sinal vermelho na Visconde e acertado o ônibus no meio, provocando a colisão. Um inquérito foi aberto pela Delegacia de Delitos de Trânsito para apontar quem foi o culpado pelo acidente.

Garantia de segurança

A remoção do biarticulado vinha sendo adiada porque havia o risco de o imóvel desabar e, por isso, era necessária a vistoria de três engenheiros, uma vez que o ônibus quebrou duas vigas do edifício. Na quarta-feira, no entanto, um laudo de vistoria da empresa Building Engenharia, assinado pelo engenheiro Evilásio Badziack, garantiu que a estrutura da edificação não cairia.

Segundo o laudo, "não foi observada qualquer rachadura ou fissuras aparentes na estrutura de teto composta de lajes e vigas." Também há a informação de que os pilares destruídos após a entrada do ônibus na loja "não estavam sujeitos a grandes cargas", por isso não eram considerados de sustentação.

A presença do ônibus na esquina chamou a atenção dos motoristas e transeuntes, que passavam e tiravam fotos. Na quarta-feira, a lataria do biarticulado foi alvo de vandalismo. Jean Carlos Gonsales, 20 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar, com a lata de spray de tinta na mão, por dano ao patrimônio público, e encaminhado ao 1º Distrito Policial.

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