75% da segurança do Pan ficará no Rio, diz Lula

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Brasília – Terminado o Pan do Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou seu programa de rádio ontem para reafirmar o compromisso de deixar na cidade a maior parte do esquema de segurança montado para o evento.

"De tudo que foi montado no âmbito da segurança pública no Rio de Janeiro, a começar pela inteligência, a começar pelos aviões, a começar pelos carros, 75% disso tudo vai ficar no Rio de Janeiro", disse Lula, no "Café com o Presidente", seu programa semanal de rádio. O governador do Rio, Sérgio Cabral, confirmou que espera pela permanência de parte dos 6.000 homens da Força Nacional de Segurança no Rio.

A permanência dos equipamentos de segurança no Rio de Janeiro é um dos principais argumentos do governo federal para tentar justificar o custo do Pan, que terminou quase 800% acima do orçamento inicial.

O gasto final foi de R$ 3,7 bilhões, contra uma previsão de R$ 414 milhões em 2002. Do total investido, R$ 1,8 bilhão partiu do governo federal.

A Polícia Rodoviária Federal do Rio concluiu no domingo, com o encerramento do Pan, a Operação Podium.

Foram 29 dias de trabalho com a prisão de 295 suspeitos, apreensão de 48 armamentos – entre granadas, fuzis e metralhadoras –, além de 8.124 munições.

Também foram apreendidos 131 quilos de drogas, R$ 117 mil e U$ 30 mil sem origem de comprovação. A Operação Podium envolveu 2.000 policiais, 200 carros, cinco helicópteros, e três UTIs móveis e 250 motocicletas que escoltaram atletas, chefes de Estados e representantes do Comitê Organizador dos Jogos Pan-Americanos.

Duas grandes apreensões de munições marcaram a Operação Podium. A primeira, no dia 5 de julho, interceptou armas escondidas em um Meriva, de Curitiba (PR). A polícia acredita que o volume veio do Paraguai.

Outra ocorrência, em conjunto com a Polícia Federal, aconteceu no último dia 13, quando foram apreendidos oito fuzis, sete metralhadoras e 6.000 cartuchos de munição.