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Festa do Divino -Anos de fé e dedicação fizeram da festa, em Goiás, a mais rica expressão da religiosidade popular cristã da cidade, onde os moradores se preparam durante um ano inteiro para o evento. É considerada uma das mais expressivas celebrações do país, especialmente pelo grande número de seus rituais, personagens e componentes, como as cavalhadas de mouros e cristãos e os mascarados montados a cavalo. Acontece anualmente desde 1819, data do primeiro registro | Fotos: divulgação/Iphan
Festa do Divino -Anos de fé e dedicação fizeram da festa, em Goiás, a mais rica expressão da religiosidade popular cristã da cidade, onde os moradores se preparam durante um ano inteiro para o evento. É considerada uma das mais expressivas celebrações do país, especialmente pelo grande número de seus rituais, personagens e componentes, como as cavalhadas de mouros e cristãos e os mascarados montados a cavalo. Acontece anualmente desde 1819, data do primeiro registro| Foto: Fotos: divulgação/Iphan
  • Jongo no Sudeste -Forma de expressão afro-brasileira que integra percussão de tambores, dança coletiva e práticas de magia. É realizado nos quintais das periferias urbanas e em algumas comunidades rurais do Sudeste brasileiro. Está ligado à cultura do café e da cana-de-açúcar. Acontece durante as festas dos santos católicos e divindades afro, nas festas juninas e do Divino e no 13 de Maio, dia da abolição da escravatura. O jongo permitiu, antigamente, que os participantes da dança se comunicassem de modo que os capatazes ou senhores não compreendessem
  • Queijo de Minas -A produção artesanal do queijo de leite cru nas regiões serranas de Minas Gerais representa até hoje uma alternativa bem-sucedida de conservação e aproveitamento da produção leiteira regional. O modo artesanal de fazer queijo é também um traço marcante da identidade cultural dessas regiões: trata-se do tradicional queijo de Minas. As técnicas de fabricação têm origem na tradição portuguesa da Serra da Estrela, onde o produto é elaborado com leite de ovelha
  • Renda Irlandesa -Esse ofício do universo feminino está relacionado originalmente à aristocracia e caracterizado como de longa continuidade histórica. Especialmente na metade do século 20, a confecção da renda surgia como uma alternativa de trabalho e hoje essa tarefa ocupa mais de uma centena de artesãs, além de ser uma referência cultural. A renda tornou-se responsável pela ascensão social de muitas que abandonaram o trabalho nas roças para custear os estudos a partir de sua produção e venda
  • Matrizes do Samba -No começo do século 20, a partir de influências rítmicas, poéticas e musicais do jongo, do samba de roda baiano, do maxixe e da marcha carnavalesca, consolidaram-se três novas formas de samba, hoje reconhecidas pelo Iphan: o partido alto, vinculado ao cotidiano e a uma criação coletiva baseada em improvisos; o samba-enredo, de ritmo inventado nas rodas do bairro do Estácio de Sá e apropriado pelas nascentes escolas de samba para animar os seus desfiles de carnaval; e o samba de terreiro, vinculado à quadra da escola, ao quintal do subúrbio e à roda de samba do botequim
  • Cachoeira de Iauaretê -Trata-se do lugar sagrado dos povos indígenas das etnias de filiação Tukano Oriental, Aruaque e Maku: está localizada na região do Alto Rio Negro, no Amazonas. É conhecida também como Cachoeira da Onça. Várias pedras, lajes e ilhas da cachoeira simbolizam episódios de guerra, perseguições, mortes e alianças descritos nos mitos de origem e nas narrativas históricas destes povos. O lugar remete à criação das plantas, dos animais e de tudo o que seria necessário à vida e à sobrevivência dos descendentes dos primeiros ancestrais.

Uma dança, uma comida, um ofício. Não há limites para se considerar o que é patrimônio cultural no Brasil, desde que cada um seja referência na identidade do seu povo. Hoje são importantes para o país, por exemplo, a fabricação das panelas de barro no Espírito Santo, a pintura corporal da população indígena Wajãpi ou o toque dos sinos de Minas Gerais. São, no total, 19 práticas socioculturais brasileiras reconhecidas pelo Instituto do Patrimônio His­tó­rico e Artístico Nacional (Iphan), infelizmente nenhuma do Paraná até o momento. O fandango caiçara do litoral paranaense (que também era uma prática existente no sul de São Paulo) está em uma lista com outras 28 manifestações culturais que podem receber o reconhecimento. O processo foi protocolado em 2008, ainda sem decisão. Em um país grande como o Brasil, com uma cultura tão diversa, ainda há muito para ser identificado, reconhecido e divulgado aos brasileiros. Pelo menos o trabalho tem sido feito, mesmo que aos poucos. As manifestações que já conseguiram o atestado do Iphan receberam um destaque especial na internet desde agosto, quando a política de conservação da cultura nacional completou dez anos. Um site (www.iphan.gov.br/bcrE/pages/indexE.jsf) traz o detalhamento sobre todo o patrimônio chamado de imaterial, bem como o processo de certificação. "Quatro livros de registro foram criados especialmente para essa finalidade: saberes, formas de expressão, celebrações e lugares. O registro em um deles corresponde ao reconhecimento da importância de bens portadores de referência à identidade, memória e ação de grupos de nossa sociedade. Além da valorização desses bens, o objetivo é favorecer as suas condições de produção e reprodução", afirma a coordenadora de registro do Patrimônio Imaterial do Iphan, Claudia Vasques.

Dá trabalho conseguir a certificação: uma instituição pública, sociedade ou associação civil deve fazer o pedido ao presidente do Iphan – essa solicitação nunca pode partir de uma pessoa física. Além de demonstrar o interesse da comunidade no reconhecimento, é preciso descrever do que se trata, quais os grupos sociais envolvidos, onde acontece (localização geográfica), período e forma em que ocorre e, ainda, dados históricos. Pedidos que não atendem aos requisitos são eliminados. Conheça nesta página seis dos 19 patrimônios imateriais do Brasil.

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