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Figurantes da cena montada por Lula para lançar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os governadores preparam uma contra-ofensiva para apresentar ao presidente a conta pelo esperado apoio. A avaliação de aliados e oposicionistas é que o que importa ao governo são dois projetos que ficaram de fora da mise-en-scène: a prorrogação da DRU e da CPMF. Para ajudar a aprovação dessas medidas no Congresso, os governadores apresentarão a fatura já na próxima reunião, no dia 6 de março. De cara, querem discutir a compensação pelas perdas com a Lei Kandir, a regulamentação do Fundeb e a liberação da caução da dívida dos estados. Eles voltam a se reunir em Brasília na próxima semana para fechar a lista de pedidos.

Os russos – A reforma tributária "ambiciosa" prometida por Guido Mantega (Fazenda) não tem aval nem do PT, que defende a aprovação da versão que já tramita na Câmara. "Iniciar uma discussão completamente nova é muito difícil", diz Ricardo Berzoini. Por ali – Quando convidados do almoço de José Roberto Arruda (DF) na residência oficial de Águas Claras perguntaram se José Serra (SP) não iria, Aécio Neves (MG) brincou: "Eu dei o endereço errado para ele. Disse que seria na Granja do Torto". Agora vai – O PAC incluiu entre as obras prioritárias a conclusão do Fura-Fila, invenção do publicitário Duda Mendonça, que há dez anos se arrasta em São Paulo. Passatempo – A longa exposição da titular da Casa Civil, cheia de números e gráficos, levou os governadores a, cochichando, apelidarem-na de "Dilma Dormonid". Maracujina – Enquanto a ministra falava, os governadores apostavam quando a primeira-dama, Marisa Letícia, cochilaria, após várias piscadas. O general Gonçalves Dias, chefe da segurança de Lula, também bocejou. Perdeu o bonde – Luiz Henrique tomava café com jornalistas catarinenses e atacava Lula quando soube que quase todos governadores estavam no Planalto. Reclamou a aliados que José Serra havia lhe dito que não iria a Brasília.

Em casa 1 – Marcos Cláudio Lula da Silva, filho da primeira-dama, Marisa Letícia, lançou comunidade no orkut, intitulada "Aldo é nosso escolhido", em que prega a reeleição do presidente da Câmara. O grupo tem 67 membros. Em casa 2 – Filiado ao PT de Santo André, o enteado de Lula é autor, ainda, de uma petição online em que defende a renúncia de Arlindo Chinaglia (PT-SP) "em prol da governabilidade". Gulliver – Fraco nas legendas grandes e médias, Aldo busca os nanicos. Tem o apoio dos dois deputados do PRB, partido do vice José Alencar. Tem o apoio da direção do PV, mas a bancada está dividida. Chimarrão – O pacote pelo apoio do PMDB a Chinaglia passa pelo agrado à ala gaúcha. Eliseu Padilha seria o líder da bancada, e Mendes Ribeiro presidiria a Comissão de Constituição e Justiça. Da paz – Petistas mais próximos a Aldo Rebelo vão pedir a ele que modere as críticas e não ataque Chinaglia no debate da TV Câmara. "É preciso diferenciar quem é oposição e quem é governo", diz Paulo Pimenta (PT-RS). Plano B – O PT da Assembléia paulista buscará hoje assinaturas de líderes de outras siglas para tentar emplacar a CPI do Metrô. Não quer que a iniciativa seja vista como um ato isolado do partido. Lá e cá – Antes de embarcar para os EUA, Geraldo Alckmin deu início à sua campanha pela presidência do PSDB. Foi ao Acre na sexta abonar filiações. A prática será rotina a partir de julho, quando retorna ao país.

TIROTEIO

Do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), sobre a possível perda de receita dos estados por causa do plano do governo Lula para "destravar" a economia.

– De novo, estão fazendo cortesia com chapéu alheio. Não fomos convidados para o banquete, mas estamos sendo chamados a pagar a conta.

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