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Assistente social e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Jucimeri Isolda Silveira explica que as políticas sociais implantadas nos últimos dez anos são, ao lado do desenvolvimento econômico, as principais razões para a queda nos índices de pobreza. "Após a Constituição de 88 tivemos um novo pacto federativo, em que o estado social se configura", diz.

As políticas sociais foram redesenhadas e União, estados e municípios passaram a dividir as responsabilidades. As cidades passaram a se reordenar e a criar equipamentos públicos para promover ações. Jucimeri argumenta que o desenvolvimento territorial não está somente relacionado ao aumento de renda, por isso são importantes ações como incentivo à agricultura familiar e desoneração de impostos para pequenas empresas.

Socióloga do Instituto Pa­­ranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Louise Nazareno afirma que não há consenso sobre qual o caminho para a redução da pobreza. Uma das alternativas é a valorização do salário mínimo, porém a medida só atinge quem já está vinculado a esse indicador.

A pobreza rural tem características diferentes da urbana, onde o cidadão está vinculado ao rendimento monetário. No campo são necessárias políticas de acesso à terra e incentivo à agricultura. Já nas grandes cidades, segundo Louise, é preciso avaliar questões habitacionais, inserção no mercado de trabalho, etc.

Economista e professor da Universidade Federal do Paraná, Demian Castro afirma que na última década a economia brasileira passou por um período de estabilidade e crescimento que afetou diretamente a redução da pobreza. Alguns setores estratégicos impulsionaram este movimento, como a construção civil, que tem alta demanda por mão de obra sem grande especialização.

Mais pessoas entraram no mercado formal e foram beneficiadas com o aumento real do salário mínimo. Castro explica que a formalização também facilitou o acesso ao crédito, que possibilitou a aquisição de bens que antes eram inatingíveis.

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