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Antigamente, flâmulas também eram dadas de lembrança por empresas e entidades | Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Antigamente, flâmulas também eram dadas de lembrança por empresas e entidades| Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo

Exposição

Peças foram garimpadas em quatro acervos diferentes

Segundo a professora Elizabeth, as peças da exposição não integram coleções específicas de propaganda. "Os estagiários tiveram de pesquisar, em cada um dos quatro acervos, apenas objetos que abordassem a temática proposta", explica a diretora, que sustenta que os materiais da exposição poderiam não gerar muita curiosidade se vistos de maneira isolada. A exposição faz parte da programação da 12ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), cujo tema neste ano é "Coleções criam conexões".

O museu

Visitas em grupo devem ser agendadas pelo telefone (42) 3220-3470 ou pelo e-mail museucamposgerais@uepg.br. O museu fica na Rua Engenheiro Schamber, 686, Centro de Ponta Grossa e funciona de terça a sexta (das 8 às 11h45, reabrindo das 13h30 até as 17h15) e aos sábados (das 9 às 12 horas, reabrindo das 13 às 17 horas).

Ganhar um chaveiro como brinde é algo muito comum. Mas que tal um cinzeiro? Ou uma flâmula? Objetos como esses, que hoje poderiam transmitir uma imagem negativa ou antiquada sobre uma empresa, já fizeram sucesso entre os consumidores e ajudaram a consolidar a identidade de várias empresas. A exposição "A propaganda liga a cidade", do Museu Campos Gerais – em Ponta Grossa –, reúne 86 peças bastante curiosas que mostram como a divulgação de produtos e ideias evoluiu ao longo de oito décadas na cidade.

Até o dia 31 de julho, os visitantes do museu poderão conhecer ou mesmo lembrar os logotipos de empresas que já não existem, mas que ainda são muito conhecidas na cidade. As páginas de um jornal de 1934 são o material mais antigo em exposição. No papel já bastante amarelado, uma das propagandas que mais chama a atenção é a da antiga Casa Romano, que vendia relógios, joias e instrumentos musicais – entre outros produtos – e funcionou desde o final do século 19 até a década de 1990, na Rua XV de Novembro, uma das vias mais tradicionais do Centro.

"Muitos moradores de Ponta Grossa não chegaram a conhecer a ‘Romano’, mas ouvem falar dela até hoje porque ainda é uma referência muito presente na memória da cidade", ressalta a professora Elizabeth Johansen, diretora do museu. Ela coordenou uma equipe de quatro estagiários que, durante os últimos três meses, pesquisaram os mais diversos objetos de propaganda presentes na reserva técnica do próprio Museu Campos Gerais e também da Casa da Memória, do Museu Época e do acervo da família Hass. "Essa exposição é uma forma de mostrar à população que a história da cidade também está nesses objetos que, muitas vezes, acabam sendo descartados", observa.

Entre as peças mais curiosas está a propaganda eleitoral de uma das primeiras candidatas a vereadora da história da cidade, mas que não chegou a se eleger. A foto da professora Arminda Frare Grácia se destaca na página de um jornal de 1951 entre várias propagandas de candidatos do sexo masculino. "Outro objeto que chama muito a atenção é um disco de estacionamento utilizado em Ponta Grossa na década de 1970. Lembro-me dos motoristas da época usando esse disco quando eu era criança. É um objeto muito simples, mas traz a insígnia da cidade e informações sobre a gestão da época. Isso também é propaganda", comenta a diretora.

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