Os moradores de Curitiba – preferencialmente os carentes – têm uma nova opção para se alimentar. Inaugurado ontem e aberto ao público a partir de hoje, o Restaurante Popular, localizado na Rua da Cidadania da Matriz, na Praça Rui Barbosa, passa a oferecer refeições a R$ 1 (o prato). O refeitório, que foi reformado e ampliado, tem 785 m2 e capacidade para servir até 2 mil almoços por dia, das 11h30 às 14h30.

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A venda de refeições será feita por meio de um sistema eletrônico, que implica a compra de um cartão que custa R$ 1 e é válido somente para o dia em que foi adquirido. Um monitor colocado ao lado da bilheteria vai sinalizar o número de refeições disponíveis em contagem regressiva a partir de 2 mil.

Ao todo, foram gastos R$ 1,75 milhão para a reforma e ampliação do restaurante. Deste total, R$ 1,4 milhão foram repassados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A prefeitura municipal foi responsável pelo restante. A entidade filantrópica Ação Social do Paraná, ligada à Cúria Metropolitana, venceu a licitação pública e gerenciará a unidade em parceria com o governo municipal. A prefeitura subsidiará R$ 1,73 de cada refeição para que os usuários possam pagar R$ 1.

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"O restaurante vai garantir o direito sagrado a todo ser humano: ter acesso ao alimento com qualidade", afirmou o prefeito Beto Richa, durante a inauguração. "Os restaurantes populares estão integrados com todos os programas que visam a assegurar aos brasileiros um direito básico, que é o da alimentação com regularidade, qualidade e quantidade" acrescentou o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. O governo federal firmou convênios para a implantação de 102 Restaurantes Populares. Com a inauguração da unidade de Curitiba, há 25 unidades em funcionamento e 77 em construção. No Paraná, além de Curitiba, Toledo também possui uma unidade.

Prato-feito

O permissionário do Mercado Central que participou de uma simulação do serviço do Restaurante Popular na última terça-feira, Adão Francisco dos Santos, 67 anos, aprovou a comida, mas com uma ressalva: "É um bom almoço, mas achei que a quantidade é pouca".

Já os permissionários que vendem prato-feito na praça de alimentação do Mercado Central ficaram divididos. "Para nós não vai fazer diferença. Nossos clientes têm outras necessidades e a qualidade de nossa comida é diferente", afirma Sílvia Galdiole, 50 anos. Silvana Aparecida de Carvalho, 34 anos, discorda: "A prefeitura esqueceu de nós. Não sabemos se poderemos continuar servindo os pratos-feitos".