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Brasília – O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci está abatido, solitário e com a saúde debilitada. Nem de longe lembra o político que foi um dos homens mais influentes da República nos últimos três anos.

As poucas pessoas que mantêm contato com ele relatam a figura de um homem deprimido, que se sente só e abandonado. Um desses interlocutores conta que passou mais de duas horas com o ex-ministro dias atrás e o telefone de sua residência não tocou uma única vez. Um cenário bem diferente da situação que vivia há quatro semanas.

Palocci não esconde a preocupação com o futuro. Teme as investigações que estão em curso não apenas pelo episódio da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, mas também as que são conduzidas em âmbito estadual sobre o período em que foi prefeito de Ribeirão Preto.

A amigos, o ex-ministro disse que vai aproveitar o período de quarentena para cuidar de sua situação jurídica.

"Estou descansando. Primeiro, vou resolver a minha situação jurídica. Estou tentando organizar a minha defesa. Só depois vou pensar no que vou fazer da minha vida", disse Palocci numa dessas conversas.

A outro amigo, desabafou: "Não tenho mais controle sobre a minha vida".

Inconformismo

Segundo um parlamentar petista, Palocci manifestou inconformismo com o fato de sentir-se abandonado pelo governo. Reclamou em mais de um momento da forma como tem sido tratado por antigos companheiros e até pelo presidente Lula. Esperava mais solidariedade.

Apesar do abatimento, ele procura minimizar a solidão das últimas semanas, desde que foi demitido pelo presidente: "Fazia muito tempo que não ficava comigo mesmo", teria dito o ex-ministro.

Ele continua morando na residência oficial no Lago Sul, bairro nobre da capital, mas não decidiu se volta logo para Ribeirão Preto.

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