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FOZ DO IGUAÇU - Uma dupla de aposentados é acusada de ter abusado sexualmente de 14 crianças e adolescentes de Medianeira, a 75 quilômetros de Foz do Iguaçu. Em troca de favores sexuais, os dois vizinhos teriam seduzido as vítimas oferecendo-lhes doces, refrigerante e certas quantias em dinheiro. Presos no fim da tarde de quarta-feira, os dois negam as acusações. Se condenados, a pena por estupro, atentado violento ao pudor e corrupção de menores pode chegar a 30 anos de prisão.

Investigados por 20 dias depois de uma denúncia feita pela professora de uma das adolescentes, os dois vizinhos – moradores de um bairro carente da cidade – não chegaram a ser flagrados, mas "existem provas contundentes de que tenham realmente praticado os atos dos quais estão sendo acusados", garante o delegado-chefe da 12ª Delegacia Regional da Polícia Civil, em Medianeira, Valmor Treib. As vítimas, todas do sexo feminino, teriam entre 7 e 16 anos de idade.

Segundo o responsável pelo caso, as investidas se intensificaram nos últimos três meses. No entanto, em pelo menos dois casos, os abusos vinham ocorrendo há mais tempo. "Uma das garotas, hoje com 16 anos, declarou que vinha sendo abusada sexualmente por um deles desde os 12 anos", afirmou Treib. Ainda de acordo com o delegado, tudo acontecia nas casas dos acusados e não faziam nada em conjunto. Mas as vítimas eram quase todas as mesmas.

Acompanhadas pelo Conselho Tutelar, todas foram encaminhadas ao Instituto Médico-Legal (IML) de Foz do Iguaçu para passar pelos exames que constatam a conjunção carnal. "Ainda não tive acesso a todos os laudos médicos. Em alguns, porém, há sinais evidentes de que as garotas foram violentadas." Para proteger as vítimas e a família de qualquer pressão ou ameaça dos suspeitos, Treib pediu a prisão preventiva da dupla. Detidos provisoriamente na delegacia de Medianeira, por medida de segurança e a fim de que tenham a integridade física preservada, serão mantidos separados dos demais presos até a manifestação da Justiça.

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