Acaba prazo para conclusão de inquérito que investiga morte de jovens em confronto com PM

Acabou nesta quarta-feira (21) o prazo inicial para a conclusão do Inquérito Policial Militar (IPM) que investiga a conduta de oficiais da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), da Polícia Militar (PM), no confronto que resultou na morte de cinco jovens no bairro Alto da Glória, em Curitiba, no último dia 11 de setembro.

Nesta quinta-feira (22), a reportagem entrou em contato com a PM para saber o resultado das investigações. Por meio da assessoria de imprensa, o órgão informou que só poderá divulgar informações sobre o inquérito na manhã de sexta-feira (23).

O Comando de Policiamento da Capital (CPC) pode adiar o prazo de conclusão do IPM por mais 20 dias, se julgar necessário. A investigação é acompanhada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Os PMs envolvidos (o número específico de oficiais não foi informado) estão afastados das funções até que a apuração sobre o caso esteja completa.

Confronto

Segundo a PM, um grupo de cinco jovens começou a ser perseguido depois de ser flagrado em um Volkswagem Gol roubado no bairro Santa Cândida. No Alto da Glória, o veículo teria furado uma barreira policial montada por uma equipe da Rotam. Pouco depois de o carro bater em uma mureta, os suspeitos desceram e pularam o muro de um terreno para sair do outro lado da quadra, mas acabaram cercados pela polícia. Na troca de tiros, os cinco jovens foram baleados e levados ao Hospital Cajuru, aonde chegaram mortos.

Os suspeitos mortos foram Josemar Bernardo, de 21 anos, Thobias Rosa Lima, 19, o irmão dele de 17 anos, Éderson Miranda, 22, além de um adolescente de 14 anos.

O transporte dos rapazes baleados para o hospital foi realizado pelos próprios policiais. De acordo o coronel Jorge Costa Filho, comandante do policiamento da capital, isso aconteceu para que eles fossem atendidos o mais rapidamente possível.

No dia 14 de setembro, o governador Roberto Requião (PMDB) determinou que todas as pessoas feridas em confrontos armados com a PM devem ser atendidas pelo Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate).