Em meio à música, músicos e amigos do proprietário do restaurante Beto Batata, Robert Amorim, manifestaram-se, no domingo, contra o fechamento do estabelecimento na noite anterior. Por volta das 20h30 de sábado, uma equipe da Ação Integrada de Fiscalização Urbana, que inclui policiais militares e guarda municipal, esteve no local e autuou o estabelecimento por som alto. O proprietário recebeu uma notificação de multa no valor de R$ 3 mil.
Para Amorim, isso é uma arbitrariedade. Ele funciona no mesmo endereço, na Rua Professor Brandão, no bairro Alto da XV, há 12 anos. Segundo ele, o bar possui janelas à prova de som. Ele contou que, no momento que a polícia chegou, havia em torno de 150 clientes no local, entre eles crianças e idosos. "A ação feriu o direito constitucional". As pessoas foram retiradas em meio à chuva. Enquanto isso, um dos pianistas tocava o Hino Nacional.
O oboísta Odacir Mazzarolo, 38 anos, era um dos músicos que estava tocando durante a intervenção. Em torno de 15 viaturas fecharam a quadra e policiais pediram a saída dos clientes. "Se vieram por causa do barulho, eles é que fizeram barulho ao sair com as sirenes ligadas". O bar sediava um aniversário de 15 anos. Para ele, isso é uma violência contra a cultura. Mazzarolo faz parte do time de 48 músicos que trabalham no Bar Beto Batata.
O proprietário Amorim se diz em greve. "Podemos abrir o bar, segundo nosso advogado, mas sem música. E não vamos fazê-lo. Não quero ser um comerciante aberto, mas calado". Enquanto isso, 64 funcionários ficaram sem emprego. Além dos músicos, o bar mantém na folha de pagamento mais 16 pessoas que auxiliam no funcionamento do espaço cultural.
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