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Carreta deslizou por cerca de 30 metros e só parou em cima de uma  mureta de proteção | Henry Milleu/Gazeta do Povo
Carreta deslizou por cerca de 30 metros e só parou em cima de uma mureta de proteção| Foto: Henry Milleu/Gazeta do Povo

Ponta Grossa - Um caminhão bitrem que transportava álcool etílico tombou na serra da PR-090, entre as cidades de Piraí do Sul e Ventania, na região dos Campos Gerais, na manhã de ontem, provocando um incêndio. As labaredas queimaram a vegetação de um paredão de pedra do tamanho de um prédio de cinco andares. O fogo foi controlado após duas horas e o congestionamento se estendeu por cerca de sete quilômetros nos dois sentidos da pista.

Eram transportados cerca de 40 mil litros de álcool. O motorista do bitrem, Elton Carlos Ribeiro da Silva, de 27 anos, não conseguiu fazer uma curva acentuada da serra. Após tombar, a carreta, deslizou por cerca de 30 metros no asfalto e só parou em cima da mureta de proteção. Apesar da gravidade do acidente, o condutor teve apenas ferimentos leves e foi levado para o Hospital Municipal Santo Antônio, em Piraí do Sul.

Diques

O Corpo de Bombeiros de Castro e os bombeiros comunitários da cidade de Piraí do Sul tiveram que conter o fogo na mata nativa ao lado da rodovia e fazer diques de contenção para que a totalidade do álcool não vazasse até um córrego nas proximidades. Relata Marcos Silva, diretor de operações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros comunitário de Piraí do Sul, que o fogo se alastrou muito rápido e que por isso o efetivo de Piraí do Sul precisou de reforço. "O álcool desceu por uma valeta e entrou na vegetação, além do incêndio na mata, o combustível chegou a um córrego contaminando a água", disse Silva.

Segundo Anderson Bueno Martins, técnico ambiental e morador de um sítio próximo ao acidente, o córrego afetado abastece diversas granjas para a agricultura e criação de animais. Ele teme que os peixes que cria em um tanque na propriedade morram pela contaminação da água, que ficou com uma cor esbranquiçada.

O engenheiro do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Marco Antônio Zanin Vieira, que esteve no local, constata que o dano ambiental aconteceu. Conta que a cor da água e o forte odor do combustível comprovam que o manancial está contaminado. Amostras foram colhidas e serão analisadas em Curitiba no laboratório do IAP, para assim, poder autuar a empresa transportadora. Segundo o engenheiro, o dano ambiental não foi maior, porque grande parte do álcool retido na barragem evaporou por ser um líquido muito volátil.

Previsão

A previsão da Polícia Rodoviária Estadual era de que a pista fosse liberada ainda na noite de ontem. Durante todo o dia, o trânsito seguiu em meia pista.

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