• Carregando...
Os bombeiros não conseguiram chegar ao local e não sabem a extensão dos danos | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Os bombeiros não conseguiram chegar ao local e não sabem a extensão dos danos| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Ponta Grossa - Pelo menos duas pessoas morreram em um grave acidente na BR-376, entre Imbaú e Ortiguei­ra, às 10 horas da manhã de ontem. Um automóvel particular e um caminhão da empresa Nortox, carregado com inseticidas e cloreto cianúrico, bateram de frente na região próxima à Serra do Cadeado. O caminhão, que seguia para Arapongas, arrastou o carro para uma ribanceira de 10 metros. A carga caiu sobre o veículo e parte foi levada por um córrego.

Os produtos, com propriedades corrosivas, eram transportados em um comboio de quatro caminhões. O motorista do caminhão foi resgatado pelo grupo e encaminhado para o hospital Doutor Feitosa, em Telêmaco Borba. O filho dele, que viajava como passageiro, e o motorista do carro morreram. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, motoristas do comboio afirmaram que o automóvel invadiu a pista contrária. As equipes de resgate enfrentaram dificuldades para chegar até as vítimas. Até o final da tarde de ontem era impossível saber a marca, procedência do veículo e a quantidade de ocupantes.

Nuvens brancas de vapor impediram a aproximação das equipes, que tiveram de usar máscaras especiais. Os produtos químicos caíram nas águas de um ribeirão que deságua em afluentes do rio Tibagi. A chuva também dificultou os trabalhos dos bombeiros e dos funcionários da concessionária que administra a via, fazendo o produto evaporar. "A substância evapora por entrar em contato com a água do rio e da chuva. É preciso esperar o transbordo da carga, o produto é altamente tóxico", afirmou o cabo Rodrigues, do Corpo de Bombeiros em Telê­maco Borba.

O resgate das vítimas só seria possível após a retirada da carga, trabalho a ser realizado por representantes da empresa, que sairiam de Londrina e Curitiba. Segundo o técnico do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) Saulo de Tarso, que esteve no local, a empresa deverá apresentar a documentação de liberação para o transporte da carga. "Cargas desse tipo devem ser transportadas em caminhões fechados. Precisamos ver por que a carga estava em um caminhão aberto", disse. Conforme Tarso, a empresa será notificada a realizar a limpeza do local e do córrego. O IAP fará a análise do solo para verificar o nível dos estragos.

O trânsito ficou lento no quilômetro 359 da rodovia durante toda a tarde e será interrompido para a retirada do caminhão. Ainda não há previsão para o término dos trabalhos.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]