Acidente interrompe tráfego na BR-277

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Um acidente envolvendo um caminhão bitrem e um veículo Fox, ocorrido às 11h50 de ontem, interrompeu completamente o tráfego na BR-277 no sentido Curitiba–litoral por mais de uma hora. Segundo testemunhas, o pneu do caminhão estourou e o veículo perdeu o controle, chocando-se contra o Fox e saindo da pista. O caminhão só parou ao bater em um barranco na altura do quilômetro 37 da rodovia, no sentido Paranaguá. Por alguns minutos, a pista foi fechada para permitir a chegada de ambulâncias, bombeiros e carros de apoio da concessionária Ecovia, que administra o trecho.

O tráfego foi liberado às 13h15, em meia-pista, no sentido Curitiba–litoral, e às 14h30 as duas pistas puderam ser utilizadas. O acidente fez com que uma fila de cerca de 500 metros se formasse na Serra do Mar. Próximo ao posto de pedágio, em São José dos Pinhais, o congestionamento foi maior (cerca de 1,5 quilômetro), já que, alertados sobre o acidente, muitos motoristas resolveram esperar antes de continuar viagem.

O motorista do caminhão, Hércules Haroldo Martins, 29 anos, teve de ser retirado das ferragens. Ele foi levado para o Hospital Geral de Paranaguá com vários ferimentos, mas sem risco de morte. A motorista do Fox, Ana Maria da Rocha Martins, 59 anos, foi encaminhada para o Hospital Cajuru, em Curitiba. Ela passou por vários exames e até o fechamento desta edição permanecia no hospital em observação.

O bitrem carregava 40 mil litros de álcool combustível em dois tanques. Um deles se rompeu e o álcool escorreu pela pista, chegando a um córrego que passa a poucos metros do local do acidente. Segundo informações do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), pelo menos 14 mil litros de álcool atingiram o riacho. Técnicos do IAP e da Defesa Civil montaram cancelas para evitar que o restante do álcool seguisse o curso do rio. De acordo com o Instituto, a chuva de ontem à tarde na Serra do Mar deve amenizar o impacto do derramamento de álcool.

Alguns moradores da região aproveitaram o vazamento para recolher e armazenar o combustível, apesar do risco de incêndio nas imediações do acidente. Os bombeiros utilizaram espuma para evitar incêndios na área. Segundo o IAP, um relatório com o impacto ambiental do acidente deve ser divulgado em 15 dias. Caso haja comprovação de danos ao meio ambiente, o proprietário da carga, a empresa transportadora e o comprador do álcool poderão ser penalizados.