A falta de sala de aulas e de segurança em alguns setores também é um problema na UFPR. A chefe do departamento de Bioquímica, Maria Berenice Steffens, reclama que em dias de provas faltam salas para acomodar os alunos de Medicina. "A turma é grande e na hora da avaliação é preciso dividi-la, mas quase nunca tem anfiteatro suficiente. Isso é uma reclamação constante dos professores do setor de Ciências da Saúde, pois temos uma carência enorme de salas aqui", conta.
O setor de Ciências Biológicas fica no Centro Politécnico e atende cursos de medicina, ondotologia, farmacia, agronomia, biologia. geografia, geologiae todos os de engenharia. O local não possui iluminação suficiente durante à noite e preocupa os professores por causa da implantação de novos cursos noturnos, além dos que já utilizam o espaço no período. "Temos um vigia só aqui e poucos corredores ficam acesos. Segurança é uma questão para ser vista rapidamente", comenta Maria Berenice.
O recurso do Reuni será utilizado também para melhorar a infra-estrutura do Centro Politécnico. "Os cursos noturnos de Engenharia para 2009 foram criados para atender uma demanda dessas graduações. Os coordenadores deles optaram por mais um turno devido à uma necessidade de mercado. Vamos priorizar a questão de segurança e iluminação nesse câmpus para o próximo ano", diz o pró-reitor.
Também para o próximo ano está prevista uma vaga a mais em cada curso para deficientes físicos, mas nem todos os câmpus estão preparados para recebê-los. "Aqui no setor de Ciências da Saúde não tem rampa para cadeirantes, por exemplo. Temos três andares de escadas e nenhum elevador. Não sei como vamos fazer", comenta Maria Berenice. A reitora explica que os investimentos do Reuni serão feitos por partes, pois os recursos são liberados aos poucos."Não estamos só ampliando o número de vagas, mas reestruturando a universidade para receber todos os novos alunos", diz Márcia.
A compra do prédio da Rede Rodoferroviária Federal pela UFPR vai abrigar a parte administrativa da universidade, que hoje fica no prédio da Reitoria, e abrir espaço para os 1,2 mil novos estudantes. "Pensando no deslocamento de alunos e professores, optamos por essa mudança para facilitar", explica Yamamoto. Mesmo que as reformas não fiquem prontas a tempo para 2009, os alunos não correm o risco de ficar sem aulas. "Se for preciso, alugaremos salas de aulas. O que importa é ter professores para ensinar, e quanto a isso só estamos esperando a liberação do Ministério da Educação pra abrir concurso público", garante o pró-reitor.



