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Genebra - A harmonização do português será fundamental se Brasil e Portugal pretendem fortalecer a língua e sua influência na África diante da concorrência cada vez maior da China. A afirmação é do secretário de Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, que garantiu que não há como lutar contra a padronização, mesmo que ela signifique um "abrasileiramento" da língua.

Em sua avaliação, se uma coordenação não for estabelecida entre os governos lusófonos, Portugal e Brasil podem perder espaço na África. "A Universidade de Macau já está dando aulas de português a chineses que estão chegando à África", afirmou.

Segundo ele, a "vertente oriental" do português pode de fato ser um elemento de concorrência contra a evolução da língua "exportada" por Portugal e principalmente pelo Brasil. Junto com o português aprendido em Macau, os chineses desembarcam com bilhões de dólares em investimentos em Angola e Moçambique.

Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. A nova norma passará a vigorar a partir de janeiro de 2009, e sua implantação será feita de forma gradual até 2012. A reforma estabelece 21 mudanças, entre elas o fim do trema e a inclusão das letras k, w e y no alfabeto.

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