Representantes das 29 empresas do sistema de transporte coletivo de Curitiba e dirigentes de sindicatos que representam motoristas e cobradores fecharam um acordo, na manhã desta sexta-feira (19), eliminando os rumores de greve da categoria. A audiência foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) e contou com a participação de dirigentes do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), Sindicato dos Empregados em Escritório e Manutenção (Sindesmat), e o diretor da Urbanização Curitiba S.A (Urbs), Fernando Ghignone.
Apesar de reivindicarem aumento salarial real de 5%, mais reposições pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), os trabalhadores aceitaram uma proposta bastante inferior. O acordo prevê o reajuste pelo INPC (equivalente a 4,36%), e um aumento real de 0,14%. Ainda não se sabe se o aumento nos salários vai ter impacto no preço da tarifa.
Na avaliação do sindicato, o processo de licitação do transporte coletivo em andamento impediu que as empresas apresentassem uma proposta melhor. "Não foi o aumento dos sonhos", resumiu o presidente do Sindimoc, Denílson Pires, em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira. "Pela incerteza dessa situação, avaliamos que o acordo foi positivo para os trabalhadores", complementou o presidente do Sindesmat, Elizeu Manuel Sezerino.
Com o reajuste, o piso salarial dos motoristas vai passar de R$ 1.180,80 para R$ 1293,93, e o dos cobradores vai subir de R$ 669,20 para 699,31. O salário médio dos motoristas em Curitiba é de R$ 1.431 e dos cobradores, R$ 821. Atualmente, cerca de 6 mil cobradores e 5,5 mil motoristas atuam no sistema de transporte coletivo de Curitiba.
Outros benefícios
Na reunião, os sindicatos conseguiram o compromisso de que as empresas que vencerem a licitação contratem a mão-de-obra das atuais permissionárias com todas as garantias trabalhistas, como o anuênio de 2% pago ao salário dos atuais funcionários. Além disso, os funcionários terão direito a adicional por tempo de serviço, cesta básica com o valor corrigido para R$ 99, plano de saúde "assistência médica ambulatorial" no valor de R$ 40 e manutenção do seguro de vida no valor de R$ 4,18, como prêmio de apólice.
De acordo com as empresas, foi garantida a data-base de 1.º de fevereiro, mas os reajustes serão concedidos a partir de maio de 2010. As diferenças salariais retroativas serão pagas em três vezes sucessivamente.
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