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Acusado de matar um jovem ao lado de um shopping no bairro Água Verde na terça-feira de carnaval, o construtor Aldeildo Fonguer confessou ontem que efetuou os disparos contra Andersandio Soares Franco, de 22 anos, mas alegou legítima defesa. Fonguer prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Curitiba, na manhã de ontem.

Segundo o delegado Rubens Recalcatti, o acusado disse que desde a primeira confusão – uma discussão ocorrida no último dia 16 – passou a receber ameaças de morte do grupo de jovens ao qual Franco pertencia. Por causa disso, Fonguer contou que comprou uma pistola por R$ 1,5 mil em uma favela.

No dia do crime, Fonguer relatou que havia chegado em casa com a mulher e a filha e pediu que elas entrassem antes. Quando ia entrar no edifício, teria sido abordado por Franco, que foi procurá-lo para tirar satisfações sobre a briga ocorrida no dia 16. O construtor teria respondido que não queria confusão, mas relatou que o jovem começou a bater nele. Ele teria recebido quatro socos e se viu rodeado por mais pessoas. Nesse momento, sacou a arma e atirou contra o jovem.

Fonguer disse não lembrar quantos tiros deu e afirmou que nunca havia usado uma arma na vida, mas tomou aquela atitude para se defender. Segundo o delegado, durante o depoimento, ele apresentou os dois olhos roxos, supostamente pelos socos que havia recebido na terça-feira.

Depois de prestar depoimento, o construtor foi liberado. De acordo com informações da delegacia, a Justiça teria recusado o pedido de prisão preventiva. Segundo o advogado de Fonguer, Adriano Minor Uema, o acusado continua sendo ameaçado. "Estão falando em vingança. Deixaram recados na porta da casa dele. Ele está assustado", disse.

Depois do crime, teria jogado a arma no Rio Barigui. Recalcatti disse que não deve tentar descobrir onde está a arma nem onde ela foi comprada porque pretende finalizar a investigação na semana que vem. "Não há tempo hábil para isso", afirmou.

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