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O empresário Rafael Hermida, investigado pela Polícia Civil após a divulgação de imagens em que aparece agredindo duas cadelas da raça buldogue francês, afirmou, através de seu perfil em uma rede social, que prestou esclarecimentos na delegacia nesta quarta-feira (11). As duas cadelas pertenciam à ex-noiva de Hermida, que, por causa dos maus-tratos, registrados em vídeo por câmeras ocultas na casa da jovem, desmarcou o casamento e terminou o relacionamento.

Pelo Facebook, Hermida reiterou que tem cachorros e que "os ama muito". O empresário diz que "talvez tenha exagerado", mas atribui as agressões ao "estresse" combinado com problemas com a noiva. Ele diz ainda que tem cicatrizes nas mãos, oriundas de mordidas dos animais.

"Fui brigar com as cachorras por conta de coisas erradas que as cachorras estavam fazendo pouco antes do momento das imagens. Vendo o vídeo, percebo que talvez tenha exagerado no castigo, mas que no momento perdi a cabeça, estava muito irritado e estou, assim como vocês, bem chateado e triste com o ocorrido. E claro, muito arrependido", explica ele em uma parte da postagem.

Hermida disse ainda que procurará um advogado para estudar "uma forma de reparação/indenização" à sua imagem.

Na tarde desta terça-feira (10), o delegado Mario Luiz Silva, titular da 16ª DP, havia informado que o acusado telefonaria, avisando que só deporia em juízo. Ainda de acordo com o policial, o inquérito seria remetido ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) sem o depoimento do acusado.

"Ele ligou avisando que não viria, que estava preocupado com retaliações, e, após um novo contato feito pela delegacia, informou que realmente não viria, pelo fato de sua presença não ser obrigatória para a conclusão do inquérito".

OAB quer punição maior

A Comissão de Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) quer uma punição maior para Rafael Hermida. Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, o presidente da comissão, Reynaldo Velloso, disse que vai pedir ao Ministério Público (MP) que denuncie o empresário não só por maus tratos, mas também por dano moral coletivo. Ainda segundo Velloso, a comissão vai solicitar uma perícia não só nas duas cadelas da raça buldogue francês, mas também aos outros sete animais que o acusado diz ter. O objetivo é testar o estado psicológico e físico dos animais.

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