O estilista argentino Frankie Mackey, acusado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de assassinar o companheiro e sócio Amaury Veras, em 2004, estaria morto desde o dia 1º de janeiro desde ano.
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (4) pelo advogado de defesa Luciano Saldanha Coelho. O defensor afirmou à reportagem que recebeu o "atestado de óbito" do cliente através da irmã dele -Evelina Mackey- na última semana.
O documento, no entanto, confirma apenas "morte por enfermidade", sem especificar a doença. "A irmã dele disse que foi parada cardíaca. Como precisei traduzir o atestado só avisei ontem [terça] o juiz Guilherme Schilling", explicou.
Segundo Coelho, Mackey morava em Rosário, na Argentina, há dez anos, desde que o companheiro morreu. "Na época, ele foi visitar a família e acabou ficando por lá em tratamento psicológico", disse o advogado.
A defesa alega que seu cliente era inocente e a vítima teria cometido suicídio. "Quando Frank acordou ele encontrou o Amaury enforcado", justificou. "Até porque comprovamos que ele tinha platina no braço e na perna e não podia com o peso dele", acrescentou.
Na ocasião, o exame cadavérico de Veras informou que a causa da morte dele foi "estrangulamento". Para o Ministério Público, o estilista levou uma pancada e sem consciência foi pendurado pelo companheiro para forjar um suicídio.
O argentino, que estava foragido desde 2006 quando teve a prisão preventiva decretada pela morte do companheiro, iria a júri popular nesta quinta-feira (5).
De acordo com o Ministério Público, o promotor Marcelo Muniz, responsável pelo caso, analisa a documentação, e caso fique comprovada a morte do réu, pedirá a extinção da pena.
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