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São Paulo – A Polícia fechou o cerco sobre o empresário Oscar Maroni Filho, de 56 anos, atrás de indícios de pagamento de propina e favorecimento e exploração de prostituição. Preso na madrugada de ontem, no flat Quality Suítes Long Stay, na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, Maroni está em uma cela especial no 13.º DP, reservada para quem tem curso superior. Isso porque o dono da boate Bahamas e do Oscar’s Hotel, ambos em Moema, na zona sul, é formado em psicologia. "Nós verificamos e o diploma dele é quente", disse o delegado Aldo Galiano Junior, chefe da Polícia Civil da capital.

Com dois mandados de busca, os policiais apreenderam seis computadores e documentos como livros com fotos de mulheres e registros de valores de aluguéis de quartos no escritório de Maroni, na Avenida Carinás, também em Moema. "Esses documentos podem servir de comprovação da exploração da prostituição", afirmou o delegado Luís Augusto Castilho Storni, chefe da Unidade de Inteligência do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (UI-Decap). As buscas foram pedidas pelo promotor José Carlos Blat, que procurava indícios de supostos pagamentos de propina a autoridades. Os pagamentos constariam de agendas e estariam disfarçados por códigos.

A apreensão do material ocorreu horas depois da prisão de Maroni. Ele teve a prisão decretada pela Justiça porque é acusado de favorecer e explorar a prostituição, formar quadrilha e traficar mulheres.

Era pouco depois da meia-noite quando os policiais da UI-Decap chegaram ao flat. A polícia pediu que funcionários da recepção entrassem em contato com o empresário. Descalço e de pijama, Maroni tentou escapar pela escada de incêndio, onde foi detido por policiais. Doze homens participaram da ação.

"Injustiçado"

Maroni disse aos policiais que se sentia injustiçado. Do hotel, foi levado ao 96.º DP e, de lá, ao 13.º DP. Desta vez, não deu entrevista. "Analisem os fatos e tirem as conclusões de vocês", disse o empresário, que entrou com pedido de habeas-corpus no Superior Tribunal de Justiça. Maroni teve seu hotel, a 600 metros da cabeceira do Aeroporto de Congonhas, fechado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) após o acidente com o Airbus da TAM.

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