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Começa na próxima segunda-feira o julgamento do acusado de matar a funcionária pública Ane Mari Gubert, 52 anos, assassinada em setembro de 2010 dentro do apartamento em que morava, no bairro Água Verde, em Curitiba. O marido de Ane, Orlando Carlos Genol da Rocha, é apontado pelo Ministério Público (MP) do Paraná como autor do crime. A tese da defesa, porém, é que a funcionária pública teria se suicidado.

Na época da morte, vizinhos do apartamento em que o casal morava, na Rua Rio Grande do Sul, ouviram uma discussão, seguida por um forte barulho. A mulher foi encontrada morta com um tiro na cabeça. Rocha chegou a ser preso pela antiga Delegacia de Homicídios de Curitiba, mas conseguiu um habeas corpus e passou a responder à acusação em liberdade.

A família da vítima relata que, até o dia da morte, não desconfiava de qualquer problema no relacionamento de 11 anos do casal. "Depois da morte dela, por moradores do prédio, ficamos sabendo que eles já brigavam há pelo menos seis meses", conta Marcelo Gubert, irmão de Ane.

Os familiares descobriram no computador da funcionária pública vários e-mails que ela teria enviado ao marido, nos quais relatava que sabia de um relacionamento extraconjugal de Orlando.

Segundo o advogado Raphael Taques Pilatti, a acusação vai alegar violência contra a mulher e homicídio doloso. "Houve uma cobrança em relação ao relacionamento extraconjugal e isso provocou a morte dela", diz. A acusação ainda vai se basear em provas periciais que, segundo Pilatti, mostram que a forma como a bala atingiu a cabeça de Ane Mari comprovaria o homicídio e não o suicídio.

Defesa

Para o advogado Michel Knolseisen, que atua na defesa de Orlando Carlos Genol da Rocha, há provas contundentes de que o homem é inocente e que Ane Mari teria se suicidado. "Nós estamos convictos da inocência dele", diz. Ao contrário do que afirma a acusação, para Knolseisen os laudos apontam para um suicídio cometido pela funcionária pública.

Após a soltura mediante habeas corpus, o suspeito permaneceu vivendo em Curitiba e, de acordo com o advogado, cumpre todas as exigências de uma liberdade provisória perante a Justiça. Ele diz que o réu vai apresentar em juízo a versão dele sobre o que ocorreu dentro do apartamento. O advogado, porém, não quis entrar em detalhes sobre a relação entre Ane e o marido.

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