Rejane havia desaparecido no dia 5 de abril| Foto: Arquivo pessoal
Luciano Walter dos Santos é apontado como o assassino da psicóloga Rejane Neppel Godoy

A polícia prendeu na tarde desta quinta-feira (16) Luciano Walter dos Santos, de 36 anos, apontado como o assassino da psicóloga Rejane Neppel Godoy, 44 , encontrada morta no Viaduto dos Padres, na BR-277, em maio. A mulher, que era funcionária da prefeitura de Curitiba, ficou desaparecida por 44 dias antes de ser encontrada morta.

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Segundo o delegado Jaime da Luz, da Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC) – responsável pela investigação do caso – o homem preso conhecia Rejane há cerca de quatro anos. "Ele jogava búzios para ela e atuava como uma espécie de guru espiritual", explica o delegado. A polícia apurou que os dois tinham um relacionamento amoroso e que o crime teve motivação passional.

Durante a fase de investigação do homicídio, Santos chegou a prestar depoimento às autoridades, mas nunca admitiu ter se relacionado com a vítima. Nesta quinta-feira, ele foi detido na casa dele, no bairro Cajuru, graças a um mandado de prisão expedido pela Justiça.

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Depois da prisão, ele confessou o crime. De acordo com o delegado Jaime da Luz, o suspeito relatou que em 5 de abril, dia do desaparecimento da vítima, ele e Rejane se encontraram em um terminal de ônibus de Curitiba e de lá seguiram em direção ao Litoral do estado com o carro particular de Santos. "Ele já haviam se desentendido e continuaram brigando no caminho", diz Luz.

No meio do trajeto, Santos teria parado o veículo na região do Viaduto dos Padres, na Serra do Mar. Os dois teriam saído do carro e, durante a discussão, o homem teria empurrado a psicóloga do viaduto e ido embora. "Esta é a versão que ele nos passou, no entanto, a perícia comprovou que Rejane já estava morta quando foi jogada do viaduto", lembra o delegado. A polícia acredita que Rejane foi morta depois de ter ameaçado revelar o caso que eles tinham. Santos é casado e tem dois filhos.

O homem vai ficar preso na carceragem do Centro de Triagem II, em Piraquara, e deve responder por homicídio e ocultação de cadáver.

O caso

Rejane era funcionária da prefeitura de Curitiba, lotada no setor de saúde educacional da Secretaria Municipal de Recursos Humanos. Ela foi vista pela última vez no dia 5 de abril, quando saiu para almoçar e não retornou mais. Os pertences pessoais e a mesa em que a psicóloga trabalhava permaneceram da maneira que ela havia deixado. Câmeras de segurança do Edifício Delta, onde funciona o setor onde ela atuava, flagraram o momento em que ela saiu do prédio pela última vez.

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O corpo de uma mulher foi encontrado em um matagal no km 42 da BR-277, município de Morretes, no dia 19 de maio. Seis dias depois, foi confirmado que a vítima era Rejane.

Um laudo do Instituto Médico Legal (IML), na época, apontou que Rejane morreu por uma pancada no rosto. De acordo com a perícia, ela já estava morta quando foi jogada do viaduto. A vítima estava com as roupas que usava quando foi vista pela última vez.