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Estudante foi encontrada morta na casa de máquinas da Unopar, em 2007 | Arquivo pessoal
Estudante foi encontrada morta na casa de máquinas da Unopar, em 2007| Foto: Arquivo pessoal

Alan Henrique e Dayane de Azevedo, acusados de matar a estudante universitária Amanda Rossi, em 2007, vão a júri popular no dia 30 de setembro. O terceiro suspeito de cometer o crime, Luiz Vieira Rocha, entrou com um recurso na Justiça para não ir a julgamento pelo Tribunal do Júri, mas ainda não há uma resposta. Os três estão presos desde dezembro de 2008. O júri será comandado pela juíza da 1ª Vara Criminal de Londrina, Elisabeth Kather, e terá início às 9h.

O pai da estudante, Luiz Carlos Rossi, recebeu a notícia com tranquilidade. Segundo ele, é um momento muito difícil para a família. "Estávamos aguardando com grande expectativa", disse. Para Rossi, não há dúvidas de que os três acusados são mesmo os assassinos da filha.

Rossi reforçou a importância do julgamento após quatro anos de luta para que a Justiça fosse feita. "Estou fazendo isso pela minha família, minha filha. E espero que sirva para que outras pessoas também corram atrás dos seus direitos".

A promotora de Justiça Suzana Feitosa de Lacerda explicou que existem vários elementos de prova contra os três acusados do crime. Ela apontou que houve muita especulação em torno de quem seria o mandante do assassinato. "Tem mais de oito mandantes possíveis, mas não se conseguiu nada conclusivo a respeito deles", contou. O embasamento das prisões foi o depoimento de Dayane que, primeiro, confessou ter participado do assassinato e, depois, mudou a versão, dizendo que apenas viu Henrique estrangular a estudante. No novo depoimento, ela apontou os dois rapazes como os executores. Esse é o argumento mais contundente utilizado pela acusação contra Rocha e Henrique. Durante todo o processo investigativo, a polícia não encontrou nenhuma prova material que ligasse os dois ao assassinato. "A não existência de vestígios não significa que não foram eles", ressaltou a promotora.

A reportagem tentou contato com os advogados dos acusados, mas não obteve resposta.

Entenda o caso

Amanda Rossi desapareceu no dia 27 de outubro de 2007, durante um evento na Unopar. O corpo da estudante foi encontrado dois dias depois dentro da casa de máquinas da piscina.

Em dezembro de 2007, a Polícia Civil prendeu Luan Silva Freitas, 20 anos, que se declarou culpado, mas ele foi solto dois meses depois, pois foi comprovado que o jovem não tinha envolvimento com o crime.

No dia 22 de dezembro de 2008, Dayane de Azevedo, Luiz da Rocha e Alan Aparecido foram presos depois que uma testemunha contou à polícia que a jovem teria confessado ter matado a estudante. No primeiro depoimento, a Dayane confessou o crime e apontou Rocha e Henrique como executores. Em juízo, ela mudou o depoimento e disse que apenas presenciou o homicídio.

No dia 14 de julho de 2010, a juíza Elizabeth Kather, da 1ª Vara Criminal, determinou que os três suspeitos devem ir a júri popular. Eles responderão por homicídio triplamente qualificado. Se condenados, podem pegar de 12 anos a 30 anos de prisão. A defesa pode recorrer da decisão.

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