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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Dois vigilantes da empresa Centronic, acusados de participar do assassinato do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, foram entrevistados pelo programa Revista RPC e deram versões diferentes para o crime. Os depoimentos foram exibidos na edição deste domingo da Revista RPC.

Eliandro Luiz Marconcini, de 25 anos, afirmou que levaram o estudante vivo para Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, e lá aconteceu o assassinato. Já Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 26, contou uma história diferente. Bruno Strobel foi morto após ser flagrado pichando os muros em uma clínica no Alto da XV. O vigilante Marlon Balem Janke, 30 anos, é acusado de ser o autor do disparo que matou o estudante.

Em entrevista à Revista RPC, Eliandro Luiz Marconcini confirmou que Janke executou Bruno Strobel. "No dia (do crime), eu estava na rua quando o Marlon (Janke) passou um rádio para eu correr na empresa, porque ele tinha pegado um ‘cara’ dentro de um ponto de serviço. Quando cheguei à empresa (Centronic), estava aquele desespero. Todo mundo falando para tirar o rapaz dali", afirmou Marconcini.

O vigilante disse que o rapaz estava todo sujo de tinta e que Janke o colocou no porta-malas do carro. "O Douglas (Rodrigo Sampaio Rodrigues) entrou no carro. Entramos numa rua escura perto da BR", explicou Marconcini. Segundo o vigilante, Janke mandou o estudante sair do porta-malas. "Quando eu terminei de manobrar o carro, que eu abri a porta escutei o barulho de tiro. O Douglas falou: ‘o que você fez, o que você fez’, e o Marlon falou: ‘vamos embora, vamos embora’", definiu o vigilante.

A versão é contestada, porém, pelo vigilante Rodrigues. "Entrei no carro, dai me falaram do corpo e pediram um local para dispensar. Quando desci do carro fui urinar, enquanto isso eles fizeram o trabalho, tiraram o corpo. Pelo o que percebi ele já estava morto. Não ouvi nenhum disparo no local", afirmou Rodrigues.

Para a Polícia Civil, no entanto, o mesmo vigilante contou outra história. Rodrigues disse que ouviu os tiros pouco antes de urinar. "Agora, longe das pressões ele efetivamente disse o que aconteceu. Encontrou com os rapazes que pediram apoio e ele foi até o local. Onde dispensariam o corpo, que já se encontrava sem vida, evidentemente, no porta-malas do veículo", afirmou o advogado Cláudio Daledone, que faz a defesa do vigilante Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues.

A Polícia Civil levou os três vigilantes ao local onde confessaram ter matado o estudante. No vídeo feito pela polícia, Marlon Balem Janke, mostrou como executou Bruno Coelho. O advogado de defesa de Janke afirmou que o vigilante não tem condições psicológicas para falar. No celular do vigilante a polícia encontrou um vídeo onde aparece uma tortura contra outros dois jovens, que já foram identificados. Na sexta-feira (19), um dos jovens que aparece no vídeo prestou depoimento na delegacia de Almirante Tamandaré.

Coletiva

Na terça-feira (23) está marcada uma coletiva de imprensa na sede Polícia Federal, às 9h30, em Curitiba, sobre as denúncias contra a empresa Centronic.

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