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As empresas que vencerem os leilões de concessão dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos, em 22 de dezembro, terão de cumprir várias metas relacionadas a tempo de espera para deslocamento de aeronaves e passageiros nos terminais, além de assegurar condições específicas de conforto, alimentação, higiene e informação. Caso não cumpram essas metas, poderão ter o reajuste anual das tarifas reduzido ou serem obrigadas a aumentar investimentos. A Agência Na­­­cio­nal de Aviação Civil (Anac) ficará responsável por fiscalizar o serviço e mensurar os pa­­­râmetros.

Saída

Para especialistas e empresários, as regras rígidas dirigidas ao setor privado, que deverão alinhar os serviços dos três aeroportos a níveis similares aos de Londres, Nova York e Sydney, servem para sustentar a tese de que a concessão dos aeroportos brasileiros é mesmo a melhor saída para enfrentar o sucateamento e esgotamento das estruturas aeroportuárias em todo o país. O empresário e integrante do grupo de trabalho Pró-Aeroportos do Paraná Valmor Weiss defende que a burocracia excessiva na liberação de recursos ainda é um dos maiores empecilhos para o investimento nos aeroportos. Para ele, a entrada da iniciativa privada no setor, por meio de contratos e metas, resultará em mais investimentos e uma maior preocupação em assegurar um serviço de qualidade.

Apesar de reconhecer que a "concessão é um caminho", o doutor em Engenharia de Transportes e ex-secretário de Transportes do Paraná, Mário Stamm Junior, lembra que a má gestão e precariedade dos aeroportos públicos não necessariamente é fruto da inabilidade dos administradores. "Hoje, faltam equipes profissionalizadas. É preciso adequar um bom quadro funcional a um bom nível de salário, além de equipamentos avançados que assegurem maior segurança e desempenho operacional. É assim em todas as áreas de logística", defende.

A Gazeta do Povo tentou por uma semana contatar, sem sucesso, o superintendente da Infraero em Curitiba, Antonio Pallu, e o superintendente regional, Carlos Alberto da Silva Souza. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, os dois estavam com a "agenda cheia" e não poderiam atender a reportagem.

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