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Santo Antônio da Platina – Pouco menos de uma hora foi o tempo necessário para que 16 adolescentes destruíssem por completo a carceragem do Serviço de Atendimento Social (SAS) de Santo Antônio da Platina, no Norte Pioneiro. A confusão começou logo após o café da tarde, por volta das 15h30. De acordo com a Polícia Militar, um grupo de internos fez um dos adolescentes refém com um "estoque" (arma artesanal) para tomar todas as alas do educandário, versão não confirmada pela direção da unidade.

Segundo o diretor do SAS, Reinaldo Rutzatz, a ação foi muito rápida. "Eles dominaram todas as salas do SAS e, se os funcionários não tivessem saído instantes depois, teriam sido pegos como reféns", explicou.

Depois de tomarem conta do SAS, os adolescentes atearam fogo em colchões e cobertores, provocando muita fumaça, e começaram a quebrar a instituição. Do lado de fora, eram ouvidos gritos e barulho de vidros quebrando dentro da unidade.

Poucas salas ficaram intactas. Os adolescentes quebraram televisores, aparelhos de DVD, computadores, mesas, cadeiras, armários, aparelhos de som, portas e janelas. O quebra-quebra só foi interrompido quando a Polícia Militar invadiu o local com cães.

O motivo da rebelião ainda é incerto. Segundo a promotora de justiça de Santo Antônio da Platina, Maricléia Bório, os jovens não apresentaram uma justificativa. "Não houve um motivo aparente, não fizeram nenhuma exigência, mas acredito que a intenção da rebelião era a tentativa de fuga", afirmou.

Depois da rebelião, a unidade ficou sem condições de abrigar os jovens. Até o início da noite, o destino dos adolescentes ainda era incerto. A promotora cogitou a possibilidade de deles serem transferidos para Curitiba. Só neste ano já foram registradas quatro tentativas de fuga no SAS de Santo Antonio da Platina.

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