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O advogado Vicente Cascione, que representa a família do coronel Ubiratan Guimarães, morto em setembro de 2006, afirmou que irá recorrer, nesta sexta-feira (9), da decisão do júri que na quarta-feira (7) absolveu a advogada Carla Cepollina do crime. Conhecido pela atuação no massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, dentro do apartamento dele, nos Jardins, em São Paulo.

O recurso será apresentado à Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), mesmo órgão que decidiu, em 2010, que a advogada, namorada da vítima na época do crime, fosse submetida a júri popular, após o juiz Alberto Anderson Filho arquivar o processo contra ela, em 2008, por falta de provas.

Na saída do fórum, na noite desta quarta-feira, o promotor de Justiça João Carlos Calsavara, responsável pela acusação, havia informado que não recorreria da decisão do júri. Para Cascione, assistente da acusação no julgamento, quem sentou no banco dos réus foi o coronel Ubiratan, e não a advogada.

"Eu esperava (a absolvição) e disse isso antes do julgamento. Os jurados desenterraram o cadáver do coronel Ubiratan e o colocaram no banco dos réus", disse o advogado, lembrando que Ubiratan chegou a ser condenado a mais de 630 anos pelo massacre do Carandiru, mas acabou absolvido pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), após um recurso dele próprio.

O julgamento de Carla Cepollina aconteceu no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, e durou três dias. Por unanimidade, os jurados - seis homens e uma mulher - acolheram a tese da defesa, de que Carla não estava no apartamento da vítima no dia do crime.

A mãe dela, Liliana Prinzivalli, uma das defensoras, salientou que Ubiratan morreu no domingo, 10 de setembro, e não na noite do dia 9, entre 19h e 19h30m, como sustentou a acusação. Ela usou como prova uma mensagem enviada por Carla ao coronel no domingo de manhã, e recebida posteriormente, após o celular dele ter sido ligado.

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