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O advogado Nehemias Domingos de Melo, que defende a estudante de turismo Geisy Arruda, de 20 anos, afirmou no final da tarde desta terça-feira (10) que os convites de bolsas integrais de outras universidades não passaram de "trote".

Segundo ele, os telefonemas ocorreram, mas não houve as confirmações devidas. "As pessoas ligaram dizendo ser de uma universidade de Ribeirão Preto e de uma universidade de Porto Alegre. Por cautela e por experiência, foi pedido para que fosse confirmada a oferta de forma oficial, o que não ocorreu", disse.

A aluna foi expulsa e depois readmitida pela Uniban após pressão. Na tarde desta terça, a reitoria disse que houve uma "reflexão" e que a medida "disciplinar" foi trocada por uma "educativa".

O drama de Geisy começou no dia 22 de outubro, quando ela foi à aula com um vestido rosa curto. Vídeos foram colocados na internet, mostrando os alunos hostilizando e humilhando a garota. Ela só conseguiu deixar a universidade após a chegada da polícia. Vestiu um jaleco comprido na ocasião.

O G1 revelou o caso no dia 29 de outubro. Nesta segunda, a Polícia Civil de São Bernardo do Campo abriu inquérito para apurar o caso, que ficará com a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). De acordo com a defesa de Geisy, serão investigados sete crimes: difamação, injúria, ameaça, constrangimento ilegal, cárcere privado (a garota ficou em uma sala até a PM chegar), incitação ao crime e ato obsceno dos alunos.

Polêmica

O caso repercutiu até na mídia internacional. Os jornais "The Guardian" e "New York Times" publicaram notas reproduzidas da agência Associated Press (AP) sobre o assunto. Nesta terça, a reportagem sobre o caso era a mais lida do site do "El País".

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