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O advogado de Bruno, Claudio Dalledone Júnior, disse nesta segunda-feira (6), que vai pedir a anulação do processo contra o goleiro por falta de provas de que Eliza Samudio foi realmente morta. O goleiro é réu no processo sobre o desaparecimento e morte da jovem.

Em suas alegações finais, o advogado contou que afirmou ter reconhecimentos suficientes para anular o processo porque "ele (o processo) não tem materialidade direta, muito menos, indireta, do crime". O defensor se refere como materialidade direta ao corpo de Eliza Samudio, que, segundo o inquérito policial e a denúncia do Ministério Público, foi morta no dia 10 de junho, na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Dalledone disse que não houve crime contra Eliza, mas não falou também se saberia se a jovem está viva e onde estaria. "Isso aí não é da minha conta. O que sei dizer é que não houve crime", completou.

O advogado ainda falou que pediu nas alegações finais entregues à Justiça que Bruno não seja pronunciado, ou seja, que ele não vá a julgamento. Dalledone diz que o goleiro ficou, em alguns momentos, sem defesa porque o advogado anterior, Ércio Quaresma, teria dormido em algumas audiências e em outras sessões, Bruno teria faltado por problema de saúde. Essas faltas teriam prejudicado a defesa de seu cliente. Quaresma foi suspenso pela OAB por 90 dias por algumas infrações durante o processo do caso Eliza.

O defensor de Bruno diz acreditar na inocência do goleiro e de todos os outros envolvidos no caso Eliza, já que não existem provas da morte de Eliza. Dalledone ainda disse que, caso Bruno seja julgado, ele será absolvido porque ele "não matou, não mandou matar e nem participou" de qualquer ato que possa ter colocado a vida da Eliza em risco.

Dalledone informou que nesta terça-feira (7) vai ao Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, para fazer uma sustentação oral do habeas corpus que pede que o processo, que está na comarca de Contagem, seja enviado e julgado pela comarca de Vespasiano.

Juíza

A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues disse ao G1 nesta segunda-feira (6) que ainda não recebeu as alegações finais de três dos réus: Sérgio Rosa Sales, Marcos Aparecido dos Santos, e Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Mas, segundo a magistrada, não significa que a defesa não tenha entregado os documentos em outra comarca.

Caso as alegações não cheguem até a sexta-feira (10) vai constituir novos advogados para o réu que ainda não tiver defesa e prorrogar o prazo para a entrega das alegações finais.

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