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A defesa dos dois principais envolvidos nas denúncias de corrupção do Instituto de Criminalística (IC) do Paraná, Ari Ferreira Fontana e Geraldo Gonçalves de Oliveira Filho, reuniu a imprensa na tarde desta quinta-feira (27), em Curitiba, para dar uma outra versão do ocorrido. Segundo o advogado Cláudio Dalledone Júnior, as prisões de seus clientes foram armadas pela Secretaria de Estadual de Segurança Pública (Sesp).

A defesa alega que Fontana, quando ainda era diretor geral do IC, teria dado início às investigações de venda de laudos falsos. À época, o mesmo teria remanejado dois funcionários da regional de Cascavel para Guarapuava com o intuito de investigar o caso. Hoje, de acordo com Dalledone Júnior, estas duas pessoas são as mesmas que estão testemunhando contra seus clientes.

O secretário de segurança Luiz Fernando Delazari também foi envolvido na versão da defesa. O advogado afirma que Delazari teria determinado o fim das investigações iniciadas por Fontana e teria ainda "armado" para que o ex-diretor fosse incluído nos crimes. O motivo seria uma rixa pessoal.

A Sesp informou por meio de sua assessoria que não irá se manifestar sobre as acusações de Dalledone Júnior.

Interventor

A estrutura da diretoria-geral da Secretaria da Segurança Pública do Paraná será a responsável por conduzir os trabalhos no Instituto de Criminalística durante o período de intervenção. Por meio de uma resolução, o secretário Luiz Fernando Delazari nomeou nesta quinta o perito criminal de 1ª classe, Carlos Roberto Martins de Lima, como o interventor oficial.

Prisões

Na terça-feira (25), quatro pessoas foram presas acusadas de legalizar documentos de carros roubados, exigir perícias desnecessárias quando o comprador de um carro usado transferia a propriedade do veículo e cobrar por laudos que são gratuitos.

As prisões foram feitas simultaneamente em várias cidades do Paraná. Em Curitiba, foram presos Fontana e Oliveira Filho. Em Cascavel, os policiais prenderam o perito-chefe do IC da cidade, Jayme Cazarote Júnior, e os peritos Osvaldo Panissa e Décio Mitmann. Em Guarapuava, foi presa Maria do Rocio Martins Ribeiro, que trabalharia ilegalmente do Instituto de Criminalística da cidade. Em Manfrinópolis, próximo a Francisco Beltrão, foi preso o médico Edson Mitsuo Inafuko, acusado de ser um perito "fantasma" do Instituto de Criminalística de Cascavel. Inafuko foi preso por porte ilegal de arma no momento que seria notificado para prestar depoimento no Ministério Público.

Segundo o Ministério Público, o diretor do instituto, Ari Ferreira Fontana, e o diretor da Divisão Técnica do Interior, Geraldo de Oliveira Filho, comandavam o esquema de legalização de carros roubados. Da sede do Instituto de Criminalística em Curitiba teriam saído as ordens da quadrilha que agia em Cascavel, Guarapuava e Francisco Beltrão.

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