A desocupação da propriedade do deputado federal licenciado José Janene (PP) trouxe à tona uma briga de bastidores entre os administradores da Fazenda Três Jotas e os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). Enquanto representantes do deputado afirmam que houve acordo financeiro para desocupação pacífica, lideranças do movimento classificam a acusação como forma de triar a violência do centro das atenções.
José Janene não foi encontrado para comentar o assunto. Seu advogado, Adolfo Góes, disse que foi firmado um acordo, mas não soube informar o valor. "Eles usaram todos os equipamentos da fazenda até que tudo acabasse, não tinha nem água. Depois do acordo, as famílias saíram pacificamente, mas as lideranças não repassaram o valor, então eles quiseram voltar. Aí houve tumulto", afirma o advogado.
Os líderes do MST negam a existência do acordo. "Isso é uma forma de desvirtuar a discussão do assunto principal, que foi a violência usada contra os trabalhadores", disse Diego Pereira, membro da coordenação do movimento. Segundo ele, foram feitas várias tentativas de cooptação. "A tentativa foi feita por terceiros. Como não deu certo usaram a força, prática atrasada dos latifúndios brasileiros."
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