• Carregando...

A suspeita de que estaria sendo enganado foi o motivo para Ubiratã Nunes Cordeiro Junior, de 28 anos, matar o advogado Edson Carlos de Souza Veiga, 45 anos, assassinado na quarta-feira (23), em Paranaguá, no Litoral do Paraná. O corpo só foi encontrado na manhã do dia seguinte. Júnior foi detido na tarde desta segunda-feira (27) em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Após confessar o crime ao delegado chefe de Paranaguá, Valmir Soccio, o rapaz contou como matou Veiga. Júnior contratou o advogado para uma causa trabalhista, ele receberia R$ 3.500 em sete parcelas - duas foram recebidas. A parcela referente ao mês de agosto gerou a suspeita de que o advogado estaria enganando o cliente. O dinheiro era depositado numa conta jurídica e o advogado sacava e repassava para o cliente.

Com uma faca e um capuz, Júnior foi até o escritório de Veiga para tentar roubar o dinheiro da parcela, mas como foi reconhecido pelo advogado acabou cometendo o crime. O corpo do advogado foi encontrado com as mãos amarradas no banheiro de um imóvel, utilizado por ele como residência e escritório. Júnior levou o cartão de crédito e um celular. Antes de morrer, o advogado teria passado a senha do cartão para Júnior. O delegado explica que imagens do sistema de câmeras do banco flagraram Júnior tentando fazer o saque. "Acredito que o Júnior tenha esquecido a senha, porque o cartão foi bloqueado", conta Soccio.

Na mesma noite do crime, Júnior, segundo o delegado, voltou ao escritório do advogado e roubou um monitor de computador. "Era para dar a idéia de roubo seguido de morte", conta Soccio. Depois de preso, o rapaz foi encaminhado para a Delegacia de Paranaguá, onde está detido com outras 189 pessoas num local com capacidade para 30 pessoas.

Júnior responderá pelo crime de homicídio. Segundo o delegado, ele já tinha passagens pela polícia pelos crimes de receptação e lesão corporal.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]