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A defesa de Beatriz Abagge, acusada com outras seis pessoas de ter matado o menino Evandro Ramos Caetano em 1992, protocolou um pedido de invalidação do processo contra a ré na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba nesta sexta-feira (27). Beatriz é ré no processo que julga a morte de Evandro Ramos Caetano, na época com 6 anos, em Guaratuba, no ano de 1992.

Segundo o advogado de Beatriz, Ader El Tasse, foi protocolado um incidente de prova ilícita. "Após examinar o processo, verifiquei que toda a acusação se embasa exclusivamente em uma confissão, de 1992, obtida mediante tortura. Uma confissão obtida dessa maneira é ilícita e, invalida todo o processo", argumenta.

A expectativa de Tasse é de que até a próxima segunda-feira (2) haja uma decisão do juiz, processando a comprovação desse requerimento. "Já requeremos perícia para demonstrar a prática de tortura. Uma vez confirmada essa ocorrência, todo o processo é invalidado", explica. O advogado está otimista em relação a uma decisão positiva para a defesa.

Julgamento

O julgamento de Beatriz, que deveria ocorrer na quinta-feira (28), foi adiado, porque Tasse havia assumido o caso e não tinha se inteirado do processo. Essa é a segunda ocasião em que o julgamento é adiado por esse motivo. O procedimento foi utilizado em novembro de 2010 e havia resultado em adiamento.

Outros julgamentos

Evandro teria sido morto em um ritual de magia negra. O pai de santo Osvaldo Marceneiro e o pintor Vicente Paulo Ferreira foram sentenciados a 20 anos e dois meses de reclusão cada, em 2004, por homicídio triplamente qualificado e sequestro, mas recorrem da decisão. O artesão Davi dos Santos foi condenado apenas por homicídio, também em 2004. Ele deveria ficar detido por 18 anos, mas cumpre pena em liberdade. O serralheiro Airton Bardelli dos Santos e Francisco Sérgio Cristofollini foram absolvidos pelo júri.

Celina Abagge, mãe de Beatriz Abagge, não será julgada. Como ela tem mais de 70 anos, a idade extinguiu a punibilidade da ré.

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