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A 4.ª Câmara Cível do Tri­bunal de Justiça do Paraná decidiu manter a liminar que suspendeu a atuação do advogado Levi de Andrade em ações de pescadores que foram vítimas de dois acidentes ambientais de responsabilidade da Petrobras, em 2001. A decisão foi unânime, teve o voto de dois desembargadores que seguiram a relatora Regina Afonso Portes, que já havia decidido monocraticamente a questão em novembro de 2013.

Com a manutenção da liminar, o advogado Levi de Andrade permanece sem poder atuar nos processos dos pescadores. A ação foi movida pela Federação dos Pescadores do Paraná e pelas colônias de pescadores Z1 de Paranaguá, Z2 de Guaraqueçaba e Z8 de Antonina, representadas pelo escritório Bahr, Neves Neves & Mello Advogados Associados, detentores de pelo menos 3 mil ações contra a estatal que já tem decisão parcialmente favorável aos pescadores. Com isso, o advogado continua impedido de juntar novas procurações aos autos e os alvarás ou saques nas contas judiciais ficam bloqueados até a decisão final da ação, que corre na Justiça de Antonina.

À Gazeta do Povo, Levi de Andrade disse que vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal. "A decisão suspendeu e não cancelou os contratos, pois é a juíza de Antonina que julgará o mérito da questão", disse. O advogado disse ainda que acredita que a justiça mantenha a decisão dos próprios pescadores. "Os pescadores que decidiram vir comigo e já estão há nove meses fazem isso por livre e espontânea vontade, porque estão insatisfeitos com seus antigos procuradores e reclamam que sofreram com descontos abusivos de parte do dinheiro que já saiu", completa.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou conversar com o advogado Fabiano Neves, do escritório Bahr, Neves Neves & Mello Advogados Associados, mas ele informou que devido à denúncia que eles fizeram contra Levi de Andrade na OAB-PR, que corre em segredo, eles não podem se manifestar sobre o caso.

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