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O advogado dos três empresários presos anteontem pela Polícia Federal, Antônio Acir Breda, pretende entrar com pedido de habeas-corpus, mas para apenas um deles na próxima segunda-feira. Com relação aos outros dois, ele diz que estudará o processo hoje e amanhã. "Ainda não posso dar um parecer porque só tive acesso aos autos no fim da tarde [de ontem]", conta Breda. Segundo a assessoria da PF, a chegada do empresário preso em Porto Velho (RO) a Curitiba, prevista para a noite de quinta-feira, foi transferida para segunda-feira por falta de vôo.

Os empresários, ligados à empresa Brasil & Movimento e à marca de bicicletas e motos Sundown, foram detidos durante a operação Pôr-do-Sol, junto com outras sete pessoas. O grupo é acusado de lavagem de dinheiro e sonegação de cerca de R$ 150 milhões em impostos aos cofres públicos. Trinta obras de arte apreendidas durante a ação estão armazenadas temporariamente no Museu Oscar Niemeyer. "Aquelas de valor comprovado permanecerão apreendidas e as demais serão devolvidas", explica o procurador da República, Deltan Martinazzo Dallagnol. O levantamento do restante do material apreendido – computadores, dólares, documentos e dinheiro – não foi divulgado pela PF.

A marca Sundown, criada há cerca de 10 anos por um dos empresários acusados, foi vendida em 1999 a sua atual gestora, a empresa Brasil & Movimento. A empresa nega que os empresários presos estejam no seu quadro de acionistas. Desde que foram criadas, a Brasil & Movimento e a extinta Sundown Bicicletas passaram por uma série de mudanças de nomes e de proprietários, o que dificulta o entendimento de quem são seus atuais acionistas.

Hoje, o acionista majoritário da Brasil & Movimento é o Fundo de Investimentos e Participações Tophill, que tem 100% de suas ações nas mãos da SWN Participações Societárias Ltda. Por sua vez, a SWN pertence agora à família de empresários investigada. "Eles tentavam camuflar as operações adquirindo novos negócios e trocando o nome da empresa", confirma Saadi.

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