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Os advogados Fabiano Neves Nacieywski e Saulo Bonat de Melo, acusados de terem articulado um núcleo criminoso no Cartório Cível do Fórum de Antonina, se entregaram à polícia no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na tarde da última quarta-feira. Eles representam mais de 1,2 mil pescadores da cidade em ações movidas em decorrência de acidentes ambientais ocorridos no Litoral do Paraná. Os dois e outros dois advogados, Heroldes Bahr Neto e Kleber Augusto Vieira, todos do escritório Bahr, Neves e Mello, tiveram prisões decretadas pela Justiça antes do feriado de carnaval. Outros quatro funcionários do cartório de Antonina também foram presos (um deles havia sido preso no dia da operação e os outros três foram presos posteriormente). Bahr Neto e Vieira seguem foragidos. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do estado.

Segundo o MP-PR, o grupo atuou de forma sistemática de agosto de 2010 a outubro de 2014, com hierarquia definida. O grupo teria pagado propina aos servidores do cartório para que agilizassem a tramitação de ações indenizatórias de interesse do escritório.

Os advogados seriam os líderes. Vieira teria a função de fazer a ponte com os servidores do cartório, detalhando a lista de processos que deveriam tramitar rapidamente. Desta forma, o escritório conseguia agilizar a expedição de alvarás para o levantamento de valores das indenizações devidas aos seus clientes. Eles são acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa.

Outro lado

O escritório Bahr, Neves e Mello, afirmou, por nota, que tem lutado há mais de 14 anos pela indenização dos pescadores do Paraná. No texto, o escritório ressalta ainda que já estão em fase de execução processos com pagamento de mais de 3 mil clientes e que, no último ano, os advogados passaram "a ser recorrentemente caluniados por um grupo de pessoas, muito bem definido e articulado, cujo objetivo não é colaborar com a resolução de qualquer problema". Segundo a nota, o objetivo do grupo que, supostamente, calunia os advogados, é o de ficar com os valores de execução dos processos e advogar futuramente para os pescadores.

Os advogados ainda destacam que nunca corromperam nenhum agente público para facilitar a tramitação das ações. Além disso, frisam que nunca contrataram qualquer funcionário público judicial para promover ações.

"O fato de uma de nossas funcionárias ser irmã de um então serventuário não prova ato de corrupção, muito menos antes de nos ser oportunizado respectivo direito de defesa", afirma o texto da nota.

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