Mais de 1700 advogados do Movimento Advogados de Direita do Brasil emitiram, nesta terça-feira (23/8), uma nota pública de repúdio à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que autorizou operação da Polícia Federal contra empresários acusados de supostamente defender via WhatsApp um golpe de Estado. Procurada, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ainda não se pronunciou sobre o caso.
No texto, eles alertam "sobre a escalada autoritária e persecutória de cunho ideológico e político que se encontra em franca consolidação em solo brasileiro". "Observamos, mais uma vez, medidas degenerescentes promovidas pelo ativismo judicial de membros do STF, que tentam impor ideias que profanam os direitos e garantias constitucionais supremos de um povo livre e soberano ", diz na nota.
Os advogados reforçam que as mensagens trocadas em um grupo de WhatsApp "são simples opiniões particulares e privadas", e não existe "configuração material ou formal de que tais opiniões ensejariam uma concreta 'ruptura democrática' ou 'golpe de Estado'". Na nota, ainda colocam que "o objetivo de alguns grupos ideológicos é implantar no Brasil a cultura do 'cala a boca'".
"Manifestamos nosso repúdio contra as medidas adotadas pelo Excelentíssimo Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, na tentativa de criar fatos políticos sem qualquer nexo de causalidade contra cidadãos de bem, trazendo de volta a triste figura do preso e/ou exilado político que tanto assombrou essa nação", afirmam.
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