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Brasília – No dia em que praticamente metade de todos os vôos do país atrasou e o caos voltou a imperar nos principais aeroportos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou a Força Aérea Brasileira (FAB) ceder oito aviões – com total de 472 assentos – para fretar vôos da TAM, apontada como a responsável pela nova crise no setor.

A medida foi anunciada no final da tarde de ontem, quando os passageiros voltaram a protestar por conta dos atrasos e lotação dos aeroportos. Em Cumbica, a polícia teve de ser acionada para conter novos tumultos. Em Brasília, passageiros voltaram a invadir a pista.

Segundo o governo, o uso de aviões da FAB foi tomado mediante a incapacidade constatada da empresa de conseguir embarcar seus passageiros e aliviar a crise nos aeroportos, que atingiu recordes de atrasos nesta semana.

A TAM informou que irá utilizar, mediante pagamento, dois Boeings 707 e um 737. Em nota, disse que a medida irá "amenizar o desconforto dos passageiros", mas não deu esclarecimentos sobre as falhas de planejamento e de venda de passagens.

Outro Boeing 737 também já estaria contratado, além de outros quatro jatos remanescentes seriam alocados ainda ontem à noite.

Os aviões da FAB disponibilizados têm configurações diferentes. Os 737 tem 40 assentos cada e um deles é conhecido como o "sucatinha", avião reserva da Presidência da República. Os 707 têm 140 ou 72 assentos – esse último é o antigo "sucatão" e tem uma cabine presidencial na frente. Os quatro C-99 da FAB são jatos da Embraer (E-145), cada um com 45 poltronas.

Segundo a TAM, dois 707 iriam realizar oito trajetos, a ida e volta de quatro rotas: Rio–Belo Horizonte, Belo Horizonte–Salvador–Macéio, Rio–Brasília e São Paulo–Rio.

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