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A evolução | Reprodução/G1
A evolução| Foto: Reprodução/G1

O sistema do controle aéreo de Curitiba (PR), o Cindacta-2, que monitora os vôos do Sul e parte do Sudeste e Centro-Oeste do país, teve uma pane na manhã desta quarta-feira (21). Segundo a Infraero, a estatal que administra os terminais aéreos, houve falha no sistema entre as 7h30 e as 9h30. O motivo do incidente ainda não foi informado.

De acordo com o boletim divulgado pela Infraero, das 6h até as 18h, dos 118 vôos previstos, 15 apresentaram atrasos acima de uma hora. Além doss atrasos, aconteceram quatro cancelamentos: o TAM 8015 (Buenos Aires/Curitiba), o Gol 1738/1739 (Congonhas/Curitiba/Congonhas) e o Webjet 6711 (Porto Alegre/Curitiba/Galeão) e o TAM 3008 (Curitiba/Congonhas).

Apesar disso, a Infraero informa que a operação é normal na maior parte dos aeroportos do país. Boletim divulgado pela estatal mostra que, dos 507 vôos programados entre a zero hora e as 9h, 51 sofreram atrasos de mais de uma hora - o que corresponde a 10,1% do total.

A situação é bem diferente da registrada no domingo (18) e na segunda-feira (19), quando os aeroportos ficaram lotados e os passageiros reclamaram de filas, atrasos e falta de informações.

A confusão foi conseqüência de uma pane no sistema do centro de controle aéreo de Brasília, o Cindacta-1, e do fechamento de Congonhas, no domingo. Muitos vôos foram suspensos ou remarcados para o dia seguinte. Para piorar, um cachorro invadiu a pista do aeroporto paulistanos e os funcionários demoraram 30 minutos para capturá-lo. A operação foi suspensa nesse período.

A Aeronáutica não descarta a hipótese de sabotagem em relação à pane no sistema de monitoramento de vôos de Brasília. O órgão ainda não se manifestou sobre o incidente em Curitiba, nesta quarta-feira.

Explicações

Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou o ministro da Defesa, Waldir Pires, para uma reunião de emergência e pediu explicações sobre o novo caos aéreo. O presidente determinou uma investigação sobre a crise.

O presidente da Infraero, José Carlos Pereira, disse, em entrevista, que não poder dar garantias de que o problema não se repetirá. "Dentro da idéia de dizer a verdade para a população, a qualquer momento pode ocorrer um problema como o de ontem (domingo, 18)."

As companhias aéreas reclamam que acumulam prejuízo desde outubro, quando começaram as crises nos aeroportos brasileiros. Elas querem pedir ressarcimento dos gastos extras para a União.

A crise aérea também é discutida no Congresso. A oposição quer investigar as causas dos atrasos nos vôos e a base do governo tenta evitar o início de uma CPI. Na terça-feira (20), depois de um longo dia de muito bate-boca e confusão, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou, por 39 votos a 21, o recurso do PT pela não-instalação da CPI do Apagão Aéreo.

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