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O aeroporto internacional Afonso Pena pode deixar de ser coadjuvante na crise aérea. Com pista maior que a de Congonhas, em São Paulo, e localização estratégica entre cidades de tráfego aéreo intenso, a unidade paranaense tem condições de ajudar a desafogar os terminais mais congestionados e entrar na divisão de rotas proposta pelo governo federal. O presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens no Paraná (Abav-PR), Antônio Azevedo, acredita que o Afonso Pena pode ser um hub regional (ponto de distribuição de vôos). O aeroporto poderia concentrar as linhas que partem do interior do Paraná, dos estados do Sul e dos países como Argentina, Paraguai, Chile e Uruguai. Esses pontos de integração, argumenta, são necessários porque é inviável manter apenas vôos diretos.

A situação pede ações a curto e a médio prazo. Imediatamente, o estado poderia servir de escala para os vôos de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e ainda acabar com alguns contra-sensos logísticos. "Hoje tem que ir para São Paulo para ir a Florianópolis", conta. Para Azevedo, é o caso de fazer pressão política e empresarial para elevar o Afonso Pena à condição de hub regional. "E talvez esse seja o momento", pondera. Ele conhece os problemas do Aeroporto Afonso Pena, mas avalia que há espaço para expansão desde que haja organização.

Para o engenheiro aeronáutico e professor da PUCPR, Dalton Kozak, o Afonso Pena comporta um pouco mais de movimento, mas não pode ser transformado, de um dia para o outro, em um grande concentrador de vôos. "Isso demanda planejamento e estudos técnicos", lembra, destacando que foi isso que faltou no passado e causou a sobrecarga atual dos aeroportos. O terminal paranaense corre sério risco de registrar os mesmos problemas hoje encontrados em Congonhas.

O professor do Instituto de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Elton Fernandes, concorda com redistribuição de vôos no Sul. "A concentração atual esgota a nossa infra-estrutura", argumenta.

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